Participarão do estudo 6.500 pessoas em 11 centros de pesquisa nas cidades de Ribeirão Preto, São Paulo, Serrana, São José do Rio Preto, São Caetano do Sul (estado de São Paulo), Belo Horizonte (Minas Gerais), Porto Alegre, Pelotas (Rio Grande do Sul), Fortaleza (Ceará), Recife (Pernambuco) e Laranjeiras (Sergipe). A pesquisa incluirá crianças e adolescentes de 3 a 17 anos, adultos de 18 a 59 anos e idosos de 60 anos ou mais.
O objetivo do estudo é ampliar o espectro das vacinas da gripe e sua proteção, especialmente nas populações que correm risco de agravamento no quadro da doença. “Com os resultados que serão obtidos a partir deste estudo clínico, poderemos incluir o novo imunizante no portfólio de vacinas disponibilizadas ao Ministério da Saúde”, afirma Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.
“A influenza é uma das maiores ameaças à saúde pública, não só por sua imprevisibilidade, mas por seus altos custos humanos e econômicos. A vacinação anual é a medida preventiva mais efetiva, e demonstrou segurança e eficácia em adultos, idosos, crianças, gestantes e grupos adicionais de risco”, explica Mônica Tilli Reis Pessoa Conde, gerente de desenvolvimento clínico do Butantan.
Voluntários
Os interessados em participar dos ensaios clínicos poderão entrar em contato diretamente com os centros de pesquisa participantes para obter mais informações. Nesta semana, o estudo começa por Ribeirão Preto (Centro de Saúde Escola da Faculdade de Medicina da USP) e São Caetano do Sul (Universidade Municipal de SCS).
Cepas da vacina
Todos os anos, em setembro, a Organização Mundial da Saúde seleciona quatro cepas do vírus influenza sazonal que farão parte da vacina. A decisão é tomada com base na circulação do vírus registrada no ano anterior nos hemisférios sul e norte. No Brasil, o governo federal utiliza a vacina trivalente inativada nas campanhas de vacinação, sendo que o Butantan fornece anualmente ao Programa Nacional de Imunizações 80 milhões de doses da vacina contra a gripe – o equivalente a 100% dos imunizantes contra a doença oferecidos pelo Sistema Único de Saúde à população brasileira.
No final de abril, a vacina da influenza trivalente do Butantan entrou para a lista de vacinas pré-qualificadas da OMS. Com isso, o imunizante ganhou um endosso internacional e pode ser fornecido às agências das Nações Unidas e a outros países por meio da OMS e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).