As negociações aconteceram durante gestão do ex-ministro Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde. Segundo Wajngarten, os encontros entre ele e a farmacêutica ocorreram no fim do ano passado a fim de apresentar a membros do governo o imunizante desenvolvido contra a covid-19 bem como os insumos para armazenamento, entre eles uma caixa térmica que manteria as vacinas na temperatura recomendada abaixo de 70º C.
“Acho que representantes da Pfizer estiveram no Ministério da Saúde e acho que vieram na Secretaria de Comunicação Secom depois. Não posso ter certeza disso. Acredito que essa caixa térmica tenha rodado Brasília inteira ou parte de quem eles tinham agenda em Brasília”, disse durante depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.
Durante as negociações com a farmacêutica, Wajngarten relatou ter recomendado que tratasse o Brasil de acordo “com o tamanho do País” e advertido para os entraves logísticos para a distribuição de vacinas. Mais cedo, secretário havia afirmado que “mergulhou de cabeça” na negociação para a compra de vacinas quando soube na “inação” em relação a carta envida pela Pfizer ao governo brasileiro em setembro. Durante o depoimento, Wajngarten ressaltou que “jamais” adjetivou, rotulou ou emitiu opinião sobre a atuação do ex-ministro Pazuello.