O projeto de lei proposto por vereadores de sete partidos — PSDB, DEM, Solidariedade, PSOL, PL, MDB, PSD — prevê a assinatura de um termo de recusa por aqueles que não quiserem tomar a vacina disponível no posto. Ao assinar o documento, essa pessoa abre mão de se vacinar junto com o grupo etário de que faz parte e só vai receber o imunizante quando todo o cronograma tiver sido cumprido.
As regras também valem para os cadastrados na “xepa”, lista de espera para recebimento das doses que sobram no final do dia.
A medida de São Paulo vai ao encontro do que outras cidades têm feito para conter os “sommeliers”. Municípios como Belo Horizonte (MG) e São Caetano do Sul, na Grande São Paulo, também adotaram regras mais rígidas para evitar a caça a determinadas vacinas. Na capital mineira, a prefeitura decidiu direcionar vacinas específicas para determinadas faixas etárias, o que não abre margem para escolhas.
Especialistas afirmam que, além de ser um ato egoísta, a escolha de vacinas atrasa o combate à pandemia. Há ainda o risco de contrair a doença no período e de não estar imunizado.
Na segunda-feira (26), a gestão municipal já havia anunciado outra medida relacionada à vacinação. Até o fim da semana, a prefeitura pretende incluir no portal “filômetro” a descrição sobre quais vacinas para Covid-19 estão disponíveis para segunda dose em cada um dos postos de aplicação da capital. A ideia é combater a evasão de pessoas que não encontram o seu imunizante no primeiro posto que visita e acaba desistindo.