Rota marítima do Ártico: ‘Potencial de cooperação entre a China e a Rússia’

Foto / Ruslan Kondratenko / Rússia

A colaboração entre Pequim e Moscou na Rota Marítima do Norte, no Ártico, tem implicações importantes para o comércio entre ambas as nações e para as economias da Ásia Oriental e da Europa.

É o que afirma um editorial do jornal oficial chinês Global Times, baseado em um estudo geopolítico e econômico realizado na Rússia e publicado nesta quinta-feira (5).

Um relatório conjunto do Instituto da China e da Ásia Contemporânea da Academia Russa de Ciências e do Centro Nacional Russo de Coordenação para Cooperação Empresarial Internacional concluiu recentemente que as empresas chinesas estão explorando ativamente a Rota do Mar do Norte.

“O grande interesse das companhias marítimas chinesas na Rota Marítima do Norte reflete a sua procura de novas oportunidades de negócio e também é um bom presságio para o potencial de cooperação entre a China e a Rússia no transporte marítimo no Ártico“, atesta o material.

O Global Times explica que essa rota marítima do Ártico é fundamental pois é considerada a mais curta entre a Europa e a Ásia, razão pela qual oferece múltiplas vantagens, como tempos de navegação reduzidos e custos de navegação mais baixos.

Na verdade, a Rússia já está trabalhando em vários projetos para o desenvolvimento do Ártico e a construção de rotas.

Um exemplo é que, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, Moscou aprovou um plano de desenvolvimento de 13 anos para a sua Rota Marítima do Norte, que inclui a construção de mais de 50 quebra-gelos e navios da classe gelo, e o estabelecimento de portos, terminais e centros de resgate de emergência, bem como a implantação de uma constelação de satélites orbitais.

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