Nos primeiros quatro meses de 2025, as exportações da cidade de Dongguan, localizada na província de Guangdong, sul da China, para a América Latina atingiram 14,8 bilhões de yuans (aproximadamente US$ 2,06 bilhões). Esse volume representa um crescimento de 9,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme dados recentes da Alfândega de Huangpu.
Esse aumento expressivo demonstra a expansão e a consolidação das relações comerciais entre a China e os países latino-americanos, com destaque para o Brasil, que vem se firmando como parceiro estratégico para o comércio bilateral.
Produtos chineses ganham espaço na América Latina
Na fábrica da Delta Electronics, em Dongguan, os trabalhadores estão focados na produção de ventiladores de resfriamento que foram encomendados por clientes brasileiros, ilustrando a proximidade comercial crescente entre os dois países. Shuai Xuehua, responsável pelos assuntos alfandegários da empresa, revelou que os principais produtos exportados para a América Latina incluem:
- Unidades de fornecimento de energia
- Ventiladores de resfriamento
- Separadores de água
Além de fortalecer sua atuação no mercado tradicional da Europa e dos Estados Unidos, a Delta Electronics tem investido de forma significativa na América Latina, resultando em um aumento de 108% nas exportações para a região entre janeiro e abril deste ano.
Oportunidades e impactos para o Brasil
O crescimento das exportações de Dongguan representa um avanço importante na integração comercial entre Brasil e China, especialmente para setores industriais e tecnológicos. Para o Brasil, essa parceria significa acesso a produtos tecnológicos e componentes eletrônicos de alta qualidade, contribuindo para o desenvolvimento da indústria local e para a competitividade no mercado global.
Além disso, essa movimentação fortalece a presença chinesa na cadeia produtiva brasileira, estimulando investimentos e criando oportunidades de emprego.
Contexto mais amplo da cooperação Brasil-China
O avanço das exportações é reflexo da política chinesa de diversificação de mercados e da busca por parcerias estratégicas em regiões emergentes, como a América Latina. Ao mesmo tempo, o Brasil tem intensificado seus esforços para ampliar as exportações e atrair investimentos chineses, criando um ciclo virtuoso de crescimento econômico e cooperação bilateral.
Perspectivas para o futuro
Com a economia chinesa ainda em expansão e o mercado latino-americano em desenvolvimento, a expectativa é de que os volumes comerciais entre Dongguan e a América Latina, em especial o Brasil, continuem crescendo nos próximos anos. A aposta em produtos de tecnologia e eletrônicos indica uma nova fase da relação comercial, mais qualificada e de maior valor agregado.
Conclusão
O crescimento das exportações de Dongguan para a América Latina simboliza o fortalecimento da relação comercial entre China e Brasil, evidenciando que a cooperação entre os dois países vai muito além do tradicional comércio de commodities, alcançando setores tecnológicos e industriais que prometem acelerar o desenvolvimento econômico de ambas as regiões.
Essa tendência reforça a importância de acompanhar as transformações globais e aproveitar as oportunidades geradas por essa parceria estratégica, que tem se mostrado cada vez mais promissora para jovens profissionais e empresários de ambos os países.