A reunião desta quinta-feira (19/12) do Conselho de Segurança, principal órgão interno da Organização das Nações Unidas (ONU), foi marcada por fortes críticas de Geng Shuang, representante da China no organismo, contra o massacre cometido por Israel contra os palestinos residentes na Faixa de Gaza.
Além de criticar os mais de 14 meses de ofensiva israelense contra o território palestino, Shuang lembrou das restrições ao fornecimento de água, alimentos e insumos básicos impostas por Tel Aviv à população local de Gaza, razão pela qual qualificou a ação do governo do premiê sionista Benjamin Netanyahu como “genocida”.
O diplomata chinês fez um apelo à comunidade internacional, pedindo aos países que condenem os ataques contra os palestinos em Gaza e exijam que Israel acate as resoluções já aprovadas pelo Conselho de Segurança, que falam em um cessar-fogo, no fim das restrições à ajuda humanitária e ao trabalho de entidade que prestam assistência aos palestinos residentes na região.
Ao finalizar sua intervenção, Geng Shuang defendeu que o Conselho de Segurança utilize “todas as ferramentas e vias disponíveis para acabar permanentemente com o conflito” na Faixa de Gaza.
Embora as palavras usadas pelo diplomata na reunião desta quinta tenham sido mais contundentes que em reuniões anteriores, é fato que a China sempre se posicionou de forma crítica às ações de Israel em Gaza, entre outras coisas, votando sempre a favor dos direitos dos palestinos no Conselho de Segurança.
Além disso, Pequim também costuma votar a favor de resoluções pedindo o reconhecimento internacional do Estado da Palestina e a implementação da solução de dois Estados para colocar fim ao conflito na região.
Na reunião desta quinta, Shuang reiterou essa postura, dizendo que “a solução de dois Estados é a única resposta viável à questão palestina e a comunidade internacional deve agir para que ela seja colocada em prática”.
O massacre cometido por Israel contra os palestinos residentes na Faixa de Gaza teve início em outubro de 2023 e já causou a morte de mais de 45 mil pessoas, além de deixar mais de 107 mil feridas. Estudos estimam que o número de vítimas fatais pode ser até três vezes maior, considerando os corpos soterrados nos escombros e as pessoas mortas pela fome, sede e outros problemas decorrentes da falta de ajuda humanitária.