Reforma e Abertura da China: 45 anos que mudaram a economia global

Processo transformou o país asiático em uma potência econômica global e desempenha papel crucial no fomento do crescimento econômico mundial

(Foto: Xinhua/Wang Xiang)

A Reforma e Abertura da China, iniciada em 1978 por Deng Xiaoping, transformou significativamente o país e teve um impacto considerável na economia global ao longo dos últimos 45 anos.

Este processo não apenas transformou a China em uma potência econômica global, mas também desempenhou um papel crucial no fomento do crescimento econômico mundial.

Ao longo das últimas décadas, o compromisso da China em liberalizar sua economia impulsionou significativamente o comércio global e o investimento estrangeiro.

Eliminação da extrema pobreza

Como resultado dessas políticas de reforma, a China não só tirou centenas de milhões de seus cidadãos da pobreza, mas também se tornou um motor confiável que impulsiona a economia global.

Nos últimos vinte anos, a China experimentou um crescimento econômico consistente e rápido. De 2012 a 2021, o PIB da China cresceu de 53,9 trilhões de yuan para 114,4 trilhões de yuan, com uma taxa média anual de crescimento de 6,6%, superando o nível global de 2,6%.

Durante este período, a contribuição da China para o crescimento econômico global foi em média de 38,6%, maior do que a do Grupo dos Sete países combinados.

Além disso, a China testemunhou uma redução de 147 milhões em sua população empobrecida, constituindo 84,5% da diminuição total da população pobre em toda a região da Ásia Oriental.

Capital estrangeiro

O investimento estrangeiro direto (IED) tem sido um fator chave que impulsionou o “milagre” econômico da China. O influxo de capital estrangeiro estimulou a inovação e os avanços tecnológicos, beneficiando tanto os mercados domésticos quanto internacionais.

Em 1980, foram estabelecidas quatro Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) nas cidades costeiras de Shenzhen, Zhuhai, Shantou e Xiamen como campos de teste para as novas políticas econômicas da China.

Desde então, elas têm ajudado a orientar o desenvolvimento da economia do país, atraindo investimentos estrangeiros significativos devido às políticas favoráveis, como incentivos fiscais, redução de regulamentações e apoio à infraestrutura.

Crescimento da classe média

Outro efeito profundo da reforma da China é o aumento dramático de sua classe média e, consequentemente, seu poder de consumo.

À medida que milhões de cidadãos chineses entraram na faixa de renda média, houve um aumento na demanda por bens e serviços de alta qualidade.

Até 2030, a China pode abrigar cerca de 400 milhões de domicílios com rendas média-alta e alta, aproximadamente tantos quanto na Europa e nos Estados Unidos combinados, de acordo com a consultoria McKinsey.

Nos próximos cinco anos, estima-se que o número de milionários na China possa dobrar, passando de cerca de cinco milhões hoje para dez milhões em 2025, diz a empresa.

Esta crescente classe consumidora não só alimentou o crescimento econômico doméstico, mas também forneceu um mercado lucrativo para empresas internacionais.

Grandes empresas globais agora personalizam seus produtos e estratégias de marketing para atender aos consumidores chineses, integrando ainda mais a China no cenário econômico global.

Eventos globais

A China também está comprometida em mostrar seu poderio econômico e fomentar a cooperação internacional por meio de exposições que organiza, como a China International Import Expo (CIIE) e a Feira de Importação e Exportação da China (Canton Fair).

Esses eventos servem como plataformas para países e empresas de todo o mundo se conectarem e explorarem oportunidades, facilitando negociações comerciais, transferências de tecnologia e trocas culturais, promovendo assim um ambiente econômico global colaborativo.

Além disso, a reforma e abertura da China são fundamentais para o desenvolvimento do país. Para aprofundar a Reforma e Abertura, a China deve mobilizar o entusiasmo das pessoas de todos os setores da vida. Ela deve combinar o design de cima para baixo com a inovação de base e incentivar e apoiar as pessoas em geral a participarem da reforma.

A abertura continua sendo a chave para promover a reforma e o desenvolvimento. A China deve tomar medidas importantes para avançar na abertura de alto padrão a fim de formar uma força motriz importante para facilitar o aprofundamento da reforma.

Motor da economia global

De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a China está posicionada para se tornar o principal motor de crescimento da economia mundial nos próximos cinco anos, dobrando a contribuição feita pelos Estados Unidos neste período.

Com base em cálculos da Bloomberg a partir de dados do World Economic Outlook do FMI, divulgados no início deste ano, a participação da China na expansão do produto interno bruto (PIB) global será de 22,6%, a da Índia será de 12,9%, e os EUA adicionarão 11,3%.

A Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI, da sigla em inglês), lançada em 2013, é um testemunho do compromisso da China com a conectividade econômica global. Este ambicioso projeto de infraestrutura visa aprimorar o comércio e o investimento entre a China e os países participantes, fomentando o desenvolvimento econômico e a cooperação.

A BRI levou à construção de portos, ferrovias e outras infraestruturas críticas, conectando economias e criando novas rotas comerciais.

Ao investir no desenvolvimento de projetos de infraestrutura, a China não apenas estimulou o crescimento econômico nos países participantes, mas também criou oportunidades para empresas globalmente.

Para mais informações, você pode acessar os relatórios e análises do FMI sobre a economia global e a Iniciativa do Cinturão e Rota.

Com informações da CGTN

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