O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,9% no segundo trimestre, em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados oficiais nesta quinta-feira (15). A expectativa do mercado era de um avanço de 8,1%.
O resultado, mais fraco do que o esperado, se deve à desaceleração da atividade industrial, ao aumento dos custos das matérias-primas e aos novos surtos de Covid-19 que pesaram na recuperação do país.
O crescimento desacelerou de forma significativa ante o recorde de 18,3% no primeiro trimestre, quando a taxa anual foi fortemente afetada pela queda provocada pela Covid-19 no primeiro trimestre de 2020.
As vendas no varejo e a produção industrial cresceram de forma mais lenta em junho, com a indústria afetada por forte queda na produção de veículos motorizados, enquanto dados da agência também mostraram enfraquecimento do mercado imobiliário da China, importante motor do crescimento.
Mas os dados de atividade de junho ainda superaram as expectativas, garantindo algum alívio aos investidores preocupados com uma desaceleração depois de o banco central anunciar afrouxamento monetário na semana passada.
“Os números ficaram marginalmente abaixo de nossa expectativa e da expectativa do mercado, (mas) acho que o ímpeto ainda é bastante forte”, disse o economista do UOB Woei Chen Ho.
“Nossa maior preocupação é a recuperação desigual que temos visto até agora, e para a China a recuperação no consumo doméstico é bastante importante…as vendas no varejo este mês foram fortes e isso pode aliviar algumas preocupações.”
O crescimento médio no segundo trimestre em 2020 e 2021 foi de 5,5%, contra média de 5% para o primeiro trimestre, de acordo com a Agência Nacional de Estatísticas.
Os dados da agência mostraram que a produção industrial da China cresceu 8,3% em junho sobre o ano anterior, contra alta de 8,8% em maio. Economistas esperavam avanço de 7,8%.
As vendas no varejo avançaram 12,1% sobre o ano anterior em junho, contra expectativa de ganho de 11,0% depois de alta de 12,4% em maio.