Bucareste recebeu, nos últimos dias, um evento que uniu jovens talentos do chinês e tradição cultural: a final regional do 18º Concurso Mundial de Chinês para Estudantes do Ensino Médio “Ponte de Chinês” e a cerimônia de premiação da 5ª Mostra Mundial de Chinês para Estudantes do Ensino Fundamental. Organizado pela Embaixada da China na Romênia e promovido pelo Instituto Confúcio da Universidade de Bucareste, o evento ganhou um brilho especial com a participação ativa do distrito de Dingtao, da cidade chinesa de Heze.
A cultura milenar de Qilu, com destaque para as peônias de Dingtao, trouxe um toque único de sofisticação à disputa, reforçando os laços culturais entre China e Leste Europeu.
Na competição, 16 estudantes vindos de cinco Institutos Confúcio e salas independentes na Romênia se enfrentaram em apresentações que mostraram tanto domínio do idioma quanto talento artístico. No final, a jovem Vulturar Natalia, conhecida no evento como Lan Yueliang (蓝月亮), conquistou o prêmio máximo.
Durante a premiação, Natalia recebeu das mãos de Zhou Guoning uma obra-prima do artesanato tradicional de Dingtao: um recorte de papel em estilo “Guose Tianxiang” (国色天香), com delicadas pétalas de peônia talhadas em papel de arroz fino, evidenciando toda a elegância e leveza da estética oriental. Visivelmente emocionada, a estudante declarou: “Isso não é só uma honra, é uma chave que abre as portas da cultura chinesa para mim.”

Os demais prêmios também carregaram o espírito da cultura de Dingtao: o primeiro lugar recebeu porcelanas gravadas com peônias em alto-relevo, esculpidas com precisão artesanal; o segundo lugar levou para casa pinturas em tinta de peônia, onde a técnica do nanquim revela toda a elegância da flor; e o terceiro lugar foi premiado com quadros de palha de trigo moldados em forma de peônia, técnica que transforma um material simples em verdadeira obra de arte.
Já os estudantes premiados na mostra infantil ganharam suportes florais feitos com técnicas de macramê inspiradas em peônias — trançados em fios vermelhos que formam flores detalhadas, resgatando técnicas milenares de nós chineses de forma criativa e lúdica.
Mais do que troféus, esses presentes simbolizam um elo cultural entre a China e a Romênia, mostrando que a herança de Dingtao segue viva e se espalha pelo mundo por meio da juventude e da educação intercultural.