A brasileira Nicole Silveira conseguiu um ótimo tempo nos primeiros treinos livres, ainda não valendo para a competição, do skeleton nas Olimpíadas de Inverno, que estão sendo realizados em Beijing, na China. Ela conseguiu 1m02s47 e 1m02s81 nas suas descidas e ficou em quinto lugar se somarmos os dois tempos entre as 25 participantes. O skeleton é uma modalidade em que as atletas descem numa pista de gelo, deitadas de cabeça para baixo em uma espécie de trenó.
O evento ainda não é uma competição oficial, mas contou com a presença de todas as atletas que vão disputar as Olimpíadas que, para Nicole, começa na quinta-feira. Antes disso, teremos mais quatro descidas de treinos oficiais, duas na terça-feira e outras duas na quarta-feira.
A pista de Beijing não foi utilizada em grandes competições do skeleton, por isso é um local desconhecido para a maioria das atletas. Assim, a importância desse treino é ainda maior, já que serviu para as atletas se ambientarem e entenderem as nuances do trajetos, estudando as curvas e reta do percurso.
Na primeira série, Nicole foi a quarta colocada, com o tempo de 1m02s47, chegando a 125km/h próximo da linha de chegada. A liderança, na ocasião, foi da alemã Jacqueline Loelling. Na segunda descida, conseguiu o tempo de 1m02s81, um pouco pior que a primeira, e fechou em sexto lugar. Se somarmos as duas descidas, com cada atleta usando apenas a melhor performance, ela fechou em quinto.
Nicole fez uma temporada de competições muito boa, com cinco títulos da Copa América, além de um top 10 inédito em etapa da Copa do Mundo. Todas essas conquistas fazem com que o Brasil tenha esperança de conseguir o melhor resultado da história do país nos Jogos. Atualmente, o feito é de Isabel Clark, nona colocada no snowboard em 2006, na competição em Turim, na Itália.
A gaúcha de Rio Grande se mudou para o Canadá com apenas 7 anos. Nicole sempre foi muito ligada a esportes, mesmo antes de se mudar para Calgary, no estado canadense de Alberta. As atividades foram muitas: dança, futebol, ginástica olímpica, vôlei, rugby e até fisiculturismo.
Além de atleta, a brasileira é enfermeira e trabalhou no combate à pandemia de coronavírus no Canadá. A gaúcha tem orgulho de sua profissão, mas, de certa forma, isso acabou atrapalhando seus treinamentos durante o verão.