O Anel Rodoviário de Belo Horizonte, uma das principais vias de transporte e escoamento logístico de Minas Gerais, vai receber R$ 1 bilhão em investimentos para obras de modernização e segurança viária. O anúncio foi feito pelo ministro de Estado Damião Feliciano após uma reunião com Dilma Rousseff, atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) — o banco dos BRICS —, realizada em Xangai, na China.
Segundo o ministro, o aporte foi viabilizado por meio de linhas de financiamento do NDB destinadas a infraestrutura e mobilidade urbana sustentável, e faz parte de um pacote de cooperação financeira entre Brasil e China. “O objetivo é recuperar uma das rotas logísticas mais importantes do Sudeste e garantir mais fluidez, segurança e eficiência para o transporte de cargas e passageiros”, afirmou Damião.
O projeto prevê duplicação de pistas, instalação de barreiras acústicas, obras de contenção e novos acessos urbanos. Também está prevista a modernização dos sistemas de drenagem e sinalização, além da criação de faixas exclusivas para ônibus intermunicipais, reduzindo o número de acidentes em trechos críticos — especialmente entre os bairros Olhos D’Água e Betânia, um dos pontos mais congestionados de Belo Horizonte.
A reunião em Xangai reforça o papel estratégico da cooperação Brasil–China dentro do âmbito do BRICS, bloco econômico que inclui também Rússia, Índia e África do Sul. A ex-presidente Dilma Rousseff destacou que o banco vem ampliando o financiamento de obras sustentáveis no Brasil, especialmente nas áreas de energia limpa, infraestrutura urbana e transporte público.
O governo brasileiro vê o financiamento como um passo fundamental para destravar obras estruturais paralisadas e atrair novos investimentos internacionais para o país. A expectativa é que as intervenções no Anel Rodoviário de BH sejam licitadas até o primeiro semestre de 2026, com execução prevista para iniciar ainda no mesmo ano.
Para o ministro Damião Feliciano, o projeto simboliza uma nova fase de cooperação pragmática entre Brasil e China, onde o foco está em resultados concretos para o desenvolvimento nacional: “Estamos transformando o diálogo político em obras, empregos e qualidade de vida para os brasileiros.”
