“O 5G é uma mudança que vai mudar a vida das pessoas. Hoje, você usa o Waze, Uber, pede iFood por causa do 4G. Ele fez que você fizesse a chamada de vídeo até para o Japão. O 5G vai fazer essa mudança na vida das indústrias, das empresas”, afirmou.
O governo trabalha há algum tempo com a previsão de julho para a realização do leilão. Serão leiloadas 5 faixas de radiofrequência: 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz. Além de internet até 100 vezes mais rápida, as redes de 5ª geração usam um espectro de rádio mais abrangente, permitindo que mais aparelhos móveis se conectem simultaneamente, com maior estabilidade do que os atuais 4G, 3G e 2G.
A Anatel aprovou o edital do certame em 25 de fevereiro. No mesmo mês, antes de embarcar com uma comitiva para conhecer a aplicação da rede de 5ª de geração em outros países, o ministro disse que a corte levaria 60 dias para avaliar o tema. O prazo regimental, no entanto, é de 150 dias.
RESISTÊNCIA À HUAWEI NO GOVERNO
A empresa chinesa já tem larga atuação no país. É a fabricante da maior parte dos equipamentos usados pelas empresas que operam telefonia no Brasil.
A guerra de versões a respeito da participação chinesa no leilão levou um dos filhos do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), a causar um incidente diplomático com o país asiático ao escrever o seguinte no Twitter, em novembro:
“O governo Jair Bolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo governo Donald Trump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”.
A embaixada chinesa classificou o ataque como “inaceitável“ e afirmou que esse tipo de fala poderá ter “consequências negativas” para a relação dos 2 países.
A Huawei é banida das redes 5G de países como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Suécia. Eis um infográfico com os principais países que autorizam e rejeitam o 5G da Huawei: