Conflito entre Índia e Paquistão se intensifica com ataques aéreos na Caxemira e preocupa potências globais

Escalada de violência com drones e mísseis reacende temor de guerra entre vizinhos nucleares; Brasil e China acompanham com atenção crise em região estratégica da Ásia

(Foto: Reprodução/ Brasil 247)

Uma série de explosões atingiu a cidade de Jammu, na Caxemira indiana, na noite desta quinta-feira (8), marcando um novo e preocupante capítulo na tensão entre Índia e Paquistão — dois países com histórico de rivalidade militar e arsenais nucleares. As autoridades indianas acusaram o Paquistão de lançar um ataque coordenado com drones e mísseis contra alvos militares na região, no segundo dia consecutivo de confrontos.

Sirenes foram ouvidas e luzes vermelhas cortaram o céu escurecido por um apagão, segundo relatos de jornalistas locais. O ataque, que teria mirado instalações militares em pelo menos cinco distritos de Jammu, foi parcialmente interceptado por sistemas de defesa aérea indianos, segundo fontes das forças armadas da Índia. O Paquistão ainda não comentou oficialmente, mas autoridades do país já haviam alertado sobre “retaliações iminentes”.

A escalada preocupa a comunidade internacional. China, Estados Unidos e Rússia pediram moderação e acionaram canais diplomáticos com os dois países. O consulado dos EUA em Lahore ordenou que seus funcionários permanecessem em casa, enquanto o secretário de Estado americano, Marco Rubio, telefonou separadamente para líderes indianos e paquistaneses solicitando contenção imediata.

Choque militar reacende tensão histórica

A relação entre Índia e Paquistão é marcada por conflitos desde a partilha do território em 1947, com três guerras — duas delas pela Caxemira — e inúmeros confrontos desde então. Ambos reivindicam o território da Caxemira e possuem ogivas nucleares desde os anos 1990, o que torna a região uma das mais sensíveis geopoliticamente em todo o mundo.

Na quarta-feira (7), a Índia afirmou ter bombardeado nove instalações terroristas no Paquistão em resposta a um ataque letal ocorrido em abril na Caxemira indiana. Islamabad, por sua vez, nega envolvimento com militantes e afirmou ter abatido cinco aeronaves indianas, declaração considerada “desinformação” pela embaixada da Índia em Pequim.

Na quinta, o Ministério da Defesa paquistanês disse ter derrubado 29 drones indianos em várias cidades, incluindo Karachi, Lahore e Rawalpindi, onde se encontra o quartel-general do Exército.

Impacto nos mercados e temor da população

O agravamento da crise teve efeitos imediatos nas economias locais. A moeda indiana desvalorizou 1%, e o índice Nifty 50 caiu 0,6%. No Paquistão, o índice KSE registrou queda de 6,3% e teve suas negociações suspensas. Títulos internacionais do país também sofreram desvalorização expressiva.

Com o aumento da tensão, moradores do estado indiano de Punjab correram a mercados para estocar mantimentos, gerando cenas de pânico. O receio de uma guerra em larga escala entre as duas potências asiáticas mobiliza o mundo — especialmente países como o Brasil e a China, que mantêm importantes parcerias comerciais e estratégicas com ambos os lados.

Enquanto as diplomacias internacionais trabalham para conter a escalada, a comunidade internacional observa com atenção os próximos movimentos em uma das regiões mais voláteis do planeta.

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