Começou nesta terça-feira (28) na Academia de História da China, em Pequim, o 13º Fórum sobre o Socialismo Mundial, promovido pela Academia Chinesa de Ciências Sociais. Estão presentes 250 pensadores marxistas de diferentes ramos das ciências políticas, sociais e humanidades, intelectuais orgânicos, líderes de partidos políticos comunistas, socialistas, progressistas e de movimentos sociais. Mais da metade dos participantes são provenientes de cerca de 100 países de todos os continentes. Os demais são cientistas políticos e sociais chineses. Do Brasil estão presentes o jornalista e escritor José Reinaldo Carvalho, editor internacional do Brasil 247, dirigente do Cebrapaz – Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz – e membro do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e Gabriel Martinez, acadêmico brasileiro radicado na China, também comunista e estudioso do marxismo.
O Fórum sobre Socialismo Mundial é uma das múltiplas atividades desenvolvidas na China para intensificar o intercâmbio de ideias e o diálogo com intelectuais marxistas de todo o mundo e difundir a teoria científica e revolucionária do marxismo, que orienta a construção do socialismo com características chinesas. O tema central do 13º Fórum é “Construir a Comunidade de Futuro Compartilhado para a Humanidade e o Desenvolvimento do Socialismo no Mundo”, ideia lançada há uma década pelo líder máximo da China, Xi Jinping, Presidente da República e Secretário-Geral do Partido Comunista da China.
O discurso de abertura foi pronunciado pelo presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Gao Xiang. Ele destacou que o pensamento de Xi Jinping sobre a construção da comunidade de futuro compartilhado para a humanidade foi incorporado aos documentos oficiais do Partido Comunista da China e do governo da República, assim como de diferentes organismos internacionais, entre estes as Nações Unidas. “O mundo é o lar comum da humanidade e é dever e respondabilidade de todos defender a humanidade e afastar-de do caminho da autodestruição”, afirmou. “Os países são interdependentes e estão interconectados, por isso todos têm a obrigação de defender a paz e fomentar a cooperação”, enfatizou.
O presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais pontuou que o mundo de hoje é marcado por muitas incertezas, turbulências, conflitos, déficit de paz, de desenvolvimento, de segurança e governança, constatação que o leva à tese de que é necessário enfrentar esses desafios com esforços conjugados. Gao Xiang manifestou a crença de que o marxismo é uma ciência que continua válida nos dias de hoje, pois leva em consideração as leis objetivas do desenvolvimento humano. Por esta mesma razão, ele acredita que continua válido lutar pelo socialismo e o comunismo. Ele explicou que na opinião do Partido Comunista da China o pensamento de Xi Jinping de construir uma comunidade de futuro compartilhado para a humanidade, partindo de um poderoso partido comunista que exerce o poder numa das maiores potências mundiais, mostra a superioridade do socialismo. Esta não é uma certeza proveniente de qualquer tipo de dogmatismo, porquanto, segundo suas próprias palavras, “é preciso continuar desenvolvendo a teoria do socialismo segundo os novos tempos”.
Dirigindo-se aos intelectuais marxistas e aos partidos comunistas e progressistas de todo o mundo, Gao fez um apelo ao apoio internacional à comunidade de futuro compartihado para a humanidade.
No mesmo discurso de abertura do 13º Fórum sobre o Socialismo Mundial, o presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais também mencionou outras contribuições de Xi Jinping para enfrentar os desafios mundiais: as três iniciativas sobre o desenvolvimento global, a segurança global e a civilização global.
Durante toda o dia foram apresentadas 41 intervenções. O 13º Fórum prossegue na quarta-feira (29).