O governo da China se manifestou formalmente nesta sexta-feira (21) sobre a suspensão do processo de ratificação de um acordo de investimentos na União Europeia após a decisão anunciada pelo Parlamento Europeu um dia antes.
Em sua tradicional coletiva diária, um dos porta-vozes do Ministério das Relações Exteriores, Zhao Lijian, afirmou que o documento “é equilibrado, reciprocamente vantajoso e não é um presente por nenhuma das partes envolvidas”.
“A China sempre foi sincera e espera que a União Europeia encontre uma solução para uma decisão justa em linha com os seus interesses”, disse ainda o representante.
Para Zhao, as sanções de resposta anunciadas por Pequim contra entes europeus “foram uma resposta necessária e legítima às sanções unilaterais europeias”, mas ressaltou que esse “clima de confronto não ajuda porque o diálogo e cooperação são as estradas justas”.
A decisão do Parlamento da UE de frear a sanção do acordo, que havia sido assinado em dezembro do ano passado entre Bruxelas e Pequim, foi tomada e valerá até que a China não retire as sanções contra 10 empresas e cidadãos europeus (incluindo cinco parlamentares) impostas como uma resposta à decisão europeia de punir cinco dirigentes chineses por conta das violações de direitos humanos da minoria uigur na província de Xinjiang.
Segundo o porta-voz, a decisão europeia foi tomada “com base em mentiras e informações falsas, em fatos ignorados” e que “interferem gravemente nos assuntos internos da China, violando de maneira evidente o direito internacional e as normas de base das relações internacionais”.