China e Brasil criam esquema piloto de rastreabilidade de carne bovina

Foto: Székely Tamás/Pixabay

Os dois países vão testar um esquema piloto como parte dos esforços para tornar a produção de carne bovina mais sustentável. A carne é considerada uma das formas de alimento que mais produzem emissões de carbono, especialmente no Brasil.

Administração Estatal de Regulamentação de Mercado da China se reuniu com instituições brasileiras para discutir métodos para garantir a transparência da cadeia de suprimentos de carne bovina e o estabelecimento de uma plataforma de rastreabilidade transfronteiriça, disse a estatal chinesa CCTV nesta quarta-feira (10), citada pela Reuters.

Os países concordaram que um padrão global unificado seria essencial para o sistema de rastreabilidade, o que também ajudaria a combater a carne bovina falsificada, relata a mídia.

A pecuária no Brasil está associada a quase 24% do desmatamento tropical anual global e a aproximadamente 10% do total de emissões globais de gases de efeito estufa. Pastagem para gado é o uso inicial mais comum para áreas desmatadas na Amazônia e no Cerrado vizinho, uma prática que enfrenta limites legais rígidos, mas continua ilegal.

As empresas chinesas geralmente priorizam o preço em detrimento da sustentabilidade, mas estão lentamente ganhando interesse em suprimentos mais ecológicos.

Em contraste com os esforços de sustentabilidade no Ocidente, que muitas vezes são liderados pelo consumidor, a mudança na China é impulsionada principalmente por sinais políticos e pela pressão dos investidores, diz a mídia.

A China importou 2,74 milhões de toneladas de carne bovina em 2023, com mais de 40% provenientes do produtor Brasil, de acordo com a alfândega chinesa.

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