Economia brasileira cresceu 3,4% em 2024

(Foto por Cláudia Martini/Xinhua)

A economia do Brasil cresceu 3,4% em 2024 em comparação ao ano anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano passado foi o melhor desde 2021, quando cresceu 4,8%, e é o segundo maior crescimento após 2011, quando a economia brasileira cresceu 4%. Em 2023, o PIB do Brasil havia crescido 3,2%.

“PIB crescente significa mais empregos e renda nas mãos dos brasileiros. 2025 é o ano da colheita”, comemorou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Foi o quarto ano consecutivo de crescimento econômico. Segundo o IBGE, o PIB do Brasil chega a 11,7 trilhões de reais (US$ 2,024 trilhões).

A ministra do Planejamento, Simone Tabet, também usou as redes sociais para destacar o crescimento do PIB per capita.

“Boas notícias! O PIB per capita do Brasil em 2024 foi de 55.247,45 reais (US$ 9.558,4). Ele cresceu 3% em termos reais. Isso equivale a 4.604 reais (US$ 796,5) por mês por habitante. Isso significa um aumento na renda do brasileiro médio”, afirmou.

Segundo Tebet, agora é hora de “seguir em frente, lutando contra a inflação para baixar os preços dos alimentos”.

O IBGE informou nesta sexta-feira que, no quarto trimestre de 2024, a economia brasileira cresceu 0,2% em relação aos três meses anteriores.

Em 2024, indústria e serviços lideraram o crescimento econômico do Brasil. A indústria cresceu 3,3% em comparação a 2023, enquanto os serviços cresceram 3,7%. O outro setor importante que compõe o PIB do Brasil, a agricultura, teve contração de 3,2%.

Na indústria e nos serviços, três atividades se destacaram: comércio (com aumento de 3,8%), indústria de transformação (também 3,8%) e outras atividades de serviços (5,3%). Juntas, essas três atividades econômicas foram responsáveis por cerca de metade do crescimento do PIB em 2024, segundo o IBGE.

O forte nível de consumo das famílias também contribuiu para o aumento do PIB no ano, com alta de 4,8% em relação a 2023.

“Para o consumo das famílias, tivemos uma combinação positiva, com os programas de transferência de renda do governo, a melhoria contínua do mercado de trabalho e as taxas de juros, que ficaram, em média, menores do que em 2023”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

Além do consumo das famílias, os gastos de consumo do governo cresceram 1,9%. Impulsionados pelo crescimento da produção nacional, importação de bens de capital, construção civil e desenvolvimento de software no país, os investimentos no Brasil (formação bruta de capital fixo) cresceram 7,3% em 2024. Junto com o consumo das famílias, foi o fator que mais contribuiu para o aumento do PIB no ano.

No setor agrícola, a contração observada no último ano deveu-se principalmente ao fraco desempenho da agricultura, que sofreu os efeitos dos fenômenos climáticos.

“Condições climáticas adversas impactaram diversas culturas importantes, causando queda nas estimativas de produção anual, principalmente para soja (-4,6%) e milho (-12,5%)”, disse o IBGE.

Com o declínio da agricultura, setor responsável por impulsionar grande parte do crescimento econômico em 2023, as exportações brasileiras também desaceleraram no ano passado. Houve um crescimento de 2,9% na quantidade exportada em 2024, em comparação com um aumento de 9,1% no ano anterior.

Por outro lado, as importações aumentaram 14,7% no país, impulsionadas por produtos químicos, máquinas e aparelhos elétricos, veículos automotores e máquinas e equipamentos de serviço.

Para este ano, o mercado financeiro espera um crescimento do PIB brasileiro de 2,01%, enquanto o governo espera um aumento de 2,3%.

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