As eleições presidenciais russas vão começar oficialmente em todo o país nesta sexta-feira, dia 15, e vão até domingo, dia 17. Mas em regiões remotas e de difícil acesso, a votação já começou. Nestes locais distantes, autoridades eleitorais viajam com as urnas e vão até a casa das pessoas para recolher os votos.
O mesmo procedimento ocorre em territórios de unidades militares localizadas em áreas distantes de áreas povoadas.
A Comissão Eleitoral Central da Rússia informou na última terça-feira (12) que quase todas as regiões russas onde se decidiu realizar a votação antecipada, o processo foi iniciado e está ativo, sendo realizado até quinta-feira (14). De acordo com o órgão, mais de 1,5 milhão de pessoas já participou do pleito.
A eleição também já ocorre nos territórios do leste da Ucrânia anexados pela Rússia – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporozhye -, onde votam os militares que participam do conflito e os moradores locais.
Além do presidente Vladimir Putin, que tenta a reeleição, outros três candidatos disputam o cargo: Vladislav Davankóv, do Partido Novo Povo, Leonid Slutsky, do Partido Liberal Democrata, e Nikolai Kharitónov, do Partido Comunista.
No entanto, as eleições estão sendo encaradas mais como um protocolo de confirmação da autoridade de Putin. Nenhum dos candidatos representa uma oposição de fato ao governo e sequer é capaz de ameaçar chegar a um eventual segundo turno.
De acordo com a última pesquisa, divulgada pelo Centro de Pesquisa de Opinião Pública da Rússia (Vtsiom), nenhum dos concorrentes ultrapassa 6% dos votos. O presidente Vladimir Putin tem 82% das intenções de voto.
Considerando que a votação na Rússia é facultativa, a participação estimada nas eleições presidenciais entre os dias 15 a 17 de março é de 71%.
Com a vitória tida como certa, Putin deve assumir o seu quinto mandato como presidente da Rússia. De acordo com a atual constituição, alterada por referendo em 2020, Putin ainda tem direito se reeleger nas eleições seguintes, podendo ficar no poder até 2036.