Merkel disse que as consultas regulares que manteve durante seus 16 anos no poder melhoraram a cooperação em temas que vão das mudanças climáticas aos negócios e em vários momentos as conversas trataram de temas em que há divergências, como direitos humanos e Hong Kong.
“É uma troca que trata de consenso, mas às vezes também de pontos de vista diferentes”, disse Merkel em comunicado depois de uma videochamada com o primeiro-ministro da China, Li Keqiang, que também envolveu outros ministros do governo.
“Mas eu acho que você só vai resolver conflitos se mantiver as conversas”, disse Merkel, que não disputará a eleição federal marcada para setembro. “Espero que possamos retomar o diálogo sobre direitos humanos o mais rapidamente possível.”
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores da China reconheceu que Pequim e Berlim têm visões diferentes em algumas questões, mas não mencionou o diálogo sobre direitos humanos. A pasta pediu respeito mútuo nos interesses-chave e comunicação baseada na não-interferência.
De acordo com o comunicado, Li disse que China e Alemanha devem demonstrar “cooperação e unidade” na busca pela recuperação econômica global.