Um forte terremoto de magnitude 7,6 atingiu o sul das Filipinas na madrugada desta sexta-feira (10), provocando destruição em várias localidades da ilha de Mindanao e deixando pelo menos três pessoas mortas e dezenas de feridos, segundo as autoridades locais. O tremor, considerado um dos mais intensos de 2025 no sudeste asiático, foi sentido em cidades a mais de 500 quilômetros do epicentro e gerou alerta de tsunami em países vizinhos.
De acordo com o Instituto de Sismologia das Filipinas (Phivolcs), o epicentro do abalo foi registrado a cerca de 40 quilômetros da costa da província de Davao Oriental, a uma profundidade de 30 quilômetros. O terremoto foi seguido por múltiplos tremores secundários, alguns com magnitudes acima de 5,0, aumentando o risco de colapso de estruturas danificadas.
Imagens divulgadas por emissoras locais mostraram prédios com rachaduras, postes caídos, deslizamentos de terra e ruas alagadas por ondas causadas pelo deslocamento do solo no litoral. Equipes de resgate foram mobilizadas para áreas isoladas, enquanto a guarda costeira evacuava comunidades pesqueiras próximas ao mar de Celebes. O alerta de tsunami foi suspenso horas depois, mas o governo filipino mantém estado de atenção máxima.
O presidente Ferdinand Marcos Jr. ordenou o envio imediato de ajuda humanitária, destacando tropas e engenheiros para reforçar hospitais e abrigos temporários. Estima-se que mais de 30 mil pessoas tenham sido deslocadas preventivamente. Escolas e repartições públicas nas regiões mais afetadas suspenderam as atividades por tempo indeterminado.
As Filipinas estão localizadas no chamado “Anel de Fogo do Pacífico”, uma das zonas sísmicas mais ativas do planeta, onde colisões entre placas tectônicas causam frequentes terremotos e erupções vulcânicas. O país registra, em média, 20 tremores de grande magnitude por ano, e especialistas alertam que eventos como o desta sexta-feira tendem a se intensificar com o avanço da urbanização desordenada em áreas de risco.
Organismos internacionais, como a Cruz Vermelha e a ONU, já ofereceram apoio logístico e recursos emergenciais. O terremoto de Mindanao reforça a urgência de investimentos em infraestrutura resiliente e sistemas de alerta precoce na região, cuja vulnerabilidade sísmica representa uma ameaça constante para milhões de pessoas no sudeste asiático.