(Repórter: Wang Xiaolan) Recentemente, os tutoriais de produção artesanal de placas retro queimadas, um patrimônio cultural imaterial, tornaram-se extremamente populares em plataformas online como Taobao, Douyin, Kuaishou e Xiaohongshu. Nos vídeos, o processo de fabricação de uma placa envolve várias etapas, incluindo a seleção de materiais, corte, pintura, aplicação de argila, queima e lavagem. Após a remoção da argila e a limpeza com água, a placa exibe uma imagem artística única e agradável aos olhos.
Em Niuchangkeng, na cidade de Li Tian Lou, em Shanxian, o artesão Niu Dechao e seu filho Niu Tongyang têm comercializado suas placas feitas de barro queimado pela internet, alcançando mercados internacionais. Seus produtos podem ser encontrados na maioria das províncias da China, assim como em países como Rússia, Coreia do Sul, Japão, Reino Unido, Laos, Vietnã, Tailândia, Filipinas e Camboja. Essas placas são frequentemente utilizadas em locais como correios, bancos, restaurantes, hotéis e teatros, além de instituições culturais como academias, museus e escolas de confucionismo, sendo apreciadas por pessoas de diversos países.
Uma placa de sinalização em russo, feita à mão por Niu Dechao, se destaca em uma pequena cidade na fronteira da China com a Rússia. A placa apresenta um tom sóbrio e antigo, com texturas nítidas e marcas de queima que impressionam tanto os chineses quanto os russos que a veem. Dentro da Rússia, muitas empresas que comercializam frutos do mar, artesanato e produtos agrícolas têm solicitado a Niu Dechao e seu filho que criem placas personalizadas.
“Essas placas são uma fusão de linguagem, pintura, gravação em madeira e invenção de técnicas de queima, representando uma obra de arte perfeita. Elas não apenas servem como sinalização para as lojas, mas também destacam a singularidade e a personalidade de cada estabelecimento,” afirma Niu Dechao. Em muitos países, como Vietnã, Japão e Coreia do Sul, é comum encontrar essas placas penduradas em portas de restaurantes, casas de culinária e bares, com os proprietários elogiando-as.
Com a prática vem o conhecimento, e o que parece ser uma simples placa queimada revela um espírito de “artesão” que valoriza a perfeição e a atenção aos detalhes. “Eu combinei a marcenaria, pintura, escultura e técnicas de queima, e já estou nessa profissão há mais de trinta anos. Consigo fazer de três a quatro placas por dia,” diz Niu Dechao. “Não há baixa demanda nas encomendas online; recebemos pedidos o ano todo, totalizando cerca de 2.000 placas vendidas anualmente.”


