A China lançará no sábado sua missão espacial tripulada mais longa, a Shenzhou-13, durante a qual três astronautas passarão seis meses na estação espacial chinesa em construção.
Para reduzir o atraso em relação a Estados Unidos e Rússia, a China executa um ambicioso programa espacial que permitiu ao país enviar sondas à Lua e Marte, além de ter seu próprio sistema GPS.
A tripulação da Shenzhou-13 decolará no sábado às 0h23 locais (13h23 de Brasília, sexta-feira) da base de Jiuquan, no deserto de Gobi (noroeste da China), anunciou a Agência Espacial para os Voos Tripulados (CMSA).
Os três astronautas se acoplarão a Tianhe (“Harmonia celestial”), o único módulo que já está em órbita dos três que formarão a estação espacial.
A missão consistirá em acompanhar a construção e revisar os equipamentos. Também farão “duas ou três saídas ao espaço”, afirmou a CMSA.
A tripulação será integrada por Zhai Zhigang (55 anos), o primeiro chinês a fazer uma saída extraveicular em 2008, Wang Yaping (41 anos), a segunda chinesa a viajar ao espaço em 2013, e Ye Guangfu (41 anos), em seu primeiro voo espacial.
Todos são militares e membros do Partido Comunista Chinês.
Eles dobrarão o recorde de duração para uma missão tripulada chinesa, estabelecida em setembro pelos astronautas da Shenzhou-12, que passaram três meses no módulo Tianhe.
“Passar seis meses em gravidade zero será, sem dúvida exaustivo”, declarou o comandante Zhai Zhigang.
A estação espacial deve ser concluída no fim de 2022. Receberá o nome Tiangong (“Palácio celestial”) em chinês ou CSS (“Estação espacial chinesa”) em inglês, com um tamanho similar ao da antiga estação soviética Mir (1986-2001). Permanecerá operacional por pelo menos 10 anos.