Em entrevista concedida à mídia russa, o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Galuzin, disse que Moscou está avaliando a proposta apresentada pelo presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a resolução do conflito na Ucrânia.
Galuzin frisou que a opinião do Brasil é importante para a Rússia, tento em vista a parceria entre os dois países tanto no cenário bilateral quanto mundial. O diplomata destacou a boa relação entre os países no BRICS, no G20 e na Organização das Nações Unidas (ONU).
Lula têm defendido a necessidade de se criar um grupo de países que não estão envolvidos no conflito para encontrar “possibilidades de fazer a paz”. Mesmo pressionado pelo Ocidente a enviar armamentos e munições, Brasília mantém a posição neutra. Em encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, em Washington, Lula pregou a criação do grupo e defendeu a presença da China nesse espaço.
Lula deve telefonar nos próximos dias para o presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, em meio ao seu esforço de mediar o conflito. Além disso, ele deve receber o chanceler russo, Sergei Lavrov, em abril.
China pode apresentar plano de paz
Na sexta-feira (24), a China vai apresentar uma posição consolidada sobre o conflito ucraniano e a expectativa é que Pequim traga um plano de paz. No sábado passado (18), Wang Yi, chefe da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China, disse que, mesmo nas situações mais difíceis, “a paz deve ter uma chance“. Ele observou que o documento será baseado nas propostas do presidente chinês Xi Jinping para restaurar a paz.
Os EUA afirmaram que só irão se manifestar sobre a proposta após obterem informações relativos aos termos.