Em entrevista à emissora russa Channel 1, Lavrov que a expansão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) serve para ampliar o poder dos Estados Unidos.
“É claro que, quando eles [OTAN] aceitaram Montenegro, Macedônia do Norte e Albânia, como eles podem fortalecer a segurança da aliança militar ocidental se essa é uma aliança defensiva? Isso mostra que a OTAN não busca objetivos estatutários, mas a criação de território sob comando dos EUA, em linha com a tentativa de perpetuar o mesmo mundo unipolar”, afirmou o chanceler.
Lavrov também afirmou que o Kremlin acredita que as posições da Ucrânia são decididas pelas lideranças ocidentais.
“Assim como antes, muitos de nós estamos convencidos de que a posição real da Ucrânia é determinada em Washington, Londres e outras capitais do Ocidente. Portanto, dizem nossos cientistas políticos, por que falar com o gabinete de [Vladimir] Zelensky? É preciso falar com os norte-americanos, e é necessário negociar com eles, chegar a um acordo com eles. Porém, nós continuamos negociando com a equipe de Zelensky e esses contatos continuarão”, acrescentou o diplomata.
Risco de conflito nuclear é estimulado de forma artificial
O risco de guerra nuclear é muito significativo e esse perigo não pode ser subestimado enquanto há um esforço de muitos para estimular essa ameaça de forma artificial, disse Lavrov. O chanceler acrescentou que as cinco potências nucleares reafirmaram em janeiro a posição de que a guerra nuclear é inadmissível.
“Essa é nossa posição por princípios, nós partimos daí. […] Gostaria muito que esses riscos não fossem artificialmente inflados e há muitos que querem. O risco é sério, é real, e não pode ser subestimado”, disse o chanceler russo.