“A China é um mercado muito importante para nós. Nós temos uma história na China. Phil Knight, nosso fundador, esteve lá há 40 anos, começando a construção do que é hoje uma incrível conexão com os consumidores chineses. Nós temos sete mil lojas na China. Somos a marca número um há uma década.”
Aí vem a CBF e, na entrega da medalha no futebol, some com a marca do patrocinador chinês do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Peak, para dar destaque ao patrocinador da própria CBF, a Nike brasileira.
A Peak reagiu na plataforma Weibo, chamando a ação de “lamentável” e “ilegal” (reprodução acima). Em suma, “a Peak protegerá os direitos e interesses da marca por meios legais, tenha certeza”.
Foi para o alto do Guancha —e outros nacionalistas chineses, em chinês— com a chamada “Futebol brasileiro ganhou e se recusou a usar as roupas premiadas patrocinadas por empresa chinesa?”.
Ato contínuo, o COB anunciu uma ação contra a CBF, o que a agência americana Associated Press, por USA Today e outros, noticiou destacando a reação de outros campeões olímpicos, que criticam a CBF e os próprios jogadores. De uma nadadora:
“O que o time de futebol fez não foi bom para a imagem do Brasil. É o Comitê Olímpico Brasileiro que será punido, não a Confederação Brasileira de Futebol.”
A Nike não está sozinha na resistência às pressões de Washington contra o mercado chinês. Na manchete do Wall Street Journal, fechando a semana, “Grupos empresariais apelam a Biden que retome negociações comerciais com a China”.
Abrindo o texto, “Três dezenas dos grupos mais influentes dos EUA –representando varejistas, fabricantes de chips, fazendeiros e outros– estão pedindo ao governo Biden que corte as tarifas de importação da China, dizendo que elas estão travando a economia dos EUA”.