O Governador João Doria anunciou nesta quarta-feira (19) a captação de US$ 100 milhões (aproximadamente R$ 530 milhões) para financiamento de projetos de saneamento básico e água potável, por meio de parceria firmada pelo banco estadual Desenvolve SP com a IFC, membro do Grupo Banco Mundial, e com o Santander Brasil. Deste total, 75% serão destinados às obras do programa de despoluição Novo Rio Pinheiros e o restante atenderá a projetos sustentáveis de micro e pequenas empresas voltados à preservação de recursos hídricos e tratamento de resíduos sólidos.
“O Governo de São Paulo acaba de captar R$ 530 milhões, adicionalmente ao que já se investe na limpeza e despoluição do rio Pinheiros, que até o final de 2022 será entregue limpo e despoluído para a população do Estado”, disse Doria.
Este é o primeiro financiamento da IFC a uma instituição de fomento controlada por agente público. Também de forma inédita, o Desenvolve SP realizou a operação em formato A/B Loan, mecanismo que permite que sejam captados, indiretamente, recursos de bancos privados, maximizando o aporte inicial da IFC de US$ 75 milhões. Assim, o Santander Brasil se somou ao projeto como cofinanciador, fornecendo US$ 25 milhões, além de ser responsável pelo repasse total dos recursos em reais, protegendo toda a operação contra as variações cambiais.
“Estamos empenhados em trazer mais recursos para a economia do estado de São Paulo. Esta captação une forças de bancos público, multilateral e privado em uma engenharia financeira inédita, que vai possibilitar o financiamento deste que é o maior programa de saneamento básico do país”, celebrou o Presidente do Desenvolve SP, Nelson de Souza.
Os recursos serão disponibilizados para financiamento dos projetos das empresas vencedoras dos editais da Sabesp para execução de obras de construção de infraestrutura de coleta e tratamento de esgoto nas bacias do Jaguaré, Pirajuçara, Cidade Jardim/Morumbi, Morro do S, Ponte Baixa, Socorro, Corujas/Rebouças, Águas Espraiadas, Cordeiro, Pouso Alegre/Santo Amaro/Poli, Aterrado/Zavuvus e Pedreira/Olaria. As empresas terão condições de financiamento facilitadas por meio da linha de crédito Economia Verde (LEV), operada pelo Desenvolve SP, que apoia exclusivamente projetos com foco em desenvolvimento socioambiental.
“A despoluição do Rio Pinheiros é uma questão civilizatória para a cidade mais rica do Brasil. Toca em questões fundamentais de saneamento básico de vários municípios que interagem com o rio e endereça a importância de São Paulo não mais dar as costas aos seus rios, mas ir ao encontro deles. Ou seja, passa por questões profundas de aproximação da sociedade das grandes capitais do país com os seus rios”, disse Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil.
Em 2020, o Desenvolve SP realizou o maior financiamento de sua história para o Programa, com R$ 70 milhões para a construção de infraestrutura de coleta de esgoto na bacia do Jaguaré e sua ligação às residências, que vai beneficiar mais de 58 mil famílias. Até o momento, o banco destinou, no total, R$ 84 milhões para a revitalização do rio.
“A parceria com entes internacionais mostra a confiança e credibilidade do investidor no Estado de São Paulo e garante a aplicação de recursos nestes projetos que beneficiam a saúde da população e o nosso meio ambiente”, explicou o Secretário de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado Marcos Penido.
A captação é parte da estratégia do Desenvolve SP para apoiar o programa estadual Novo Rio Pinheiros, que tem o objetivo de revitalizar este importante símbolo da cidade de São Paulo por meio da ação de diversos órgãos públicos em parceria com a sociedade. A meta até o fim de 2022 é reduzir o esgoto lançado em seus afluentes, melhorar a qualidade das águas e integrá-lo completamente à cidade. A revitalização do Pinheiros deve beneficiar mais de três milhões de pessoas no entorno da Bacia. É coordenado pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, com a participação das empresas SABESP, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB, Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE e Empresa Metropolitana de Águas e Energia – EMAE, além da Prefeitura de São Paulo.