O governo brasileiro está trabalhando em um comunicado “à parte” durante a reunião dos ministros de Finanças do G20 no Rio de Janeiro para discutir a taxação dos super-ricos ao redor do mundo, informa a jornalista Ana Flor em sua coluna no g1. A proposta sugere que a aplicação de uma taxa de 1% ou 2% sobre o patrimônio das cerca de 3,4 mil famílias mais ricas poderia gerar um fundo de mais de US$ 250 bilhões, destinado a erradicar a fome, reduzir desigualdades e combater as mudanças climáticas.
A estratégia de criar um comunicado separado foi adotada para evitar que países contrários à medida impeçam a inclusão do tema na declaração final dos ministros. As reuniões principais acontecem na Cúpula do G20 nesta quinta (25) e sexta-feira (26).
Segundo a reportagem, há resistências, especialmente de países do G7, em relação à proposta de taxar os bilionários globalmente. O G7 inclui as economias mais industrializadas: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, além de um representante da União Europeia, todos também integrantes do G20.
Em entrevista à Globonews, o ministro Fernando Haddad expressou otimismo quanto aos avanços nas negociações. A equipe brasileira, que organiza o encontro no Rio, considera normal que temas dessa magnitude avancem lentamente.
O governo brasileiro tem buscado garantir que o ritmo lento das discussões não seja interpretado como um fracasso da proposta, uma das principais iniciativas do Brasil durante sua presidência rotativa no G20.
