Na manhã desta terça-feira (20), os EUA vetaram a proposta de cessar-fogo em Gaza da Argélia no Conselho de Segurança da ONU (CSNU).
A diplomacia estadunidense preferiu, ao invés do ‘cessar-fogo imediato’ proposto pelos argelinos, empurrar a sua proposta de ‘cessar-fogo temporário’ – equivalente ao projeto do Brasil, também vetado pelos próprios estadunidenses ainda em outubro de 2023.
A proposta dos EUA pode ser aprovada – caso os russos e os chineses estejam satisfeitos -, mas ela simboliza algo importante: até Washington teme uma limpeza étnica em Rafah, próximo objetivo israelense na Faixa de Gaza.
Lula isolado? Não é o que parece
Se até Washington já reconhece que o genocídio de Israel contra os palestinos está passando dos limites, parece que a fala de Lula não causou tanta comoção no mundo como a extrema-direita sionista – tanto do Brasil quanto de Israel – queria.
O príncipe William, da Inglaterra, manifestou-se por um cessar-fogo. 26 dos 27 estados da União Europeia querem o fim da guerra (com exceção da Hungria fascista de Órban). O mundo árabe, nem se fale. A União Africana suspendeu a observação de Israel no bloco.
Lula assumiu a vanguarda de um movimento global para encerrar o genocídio. Já se foram mais de 136 dias desde o início da guerra em 7 de outubro de 2023. Mais de 30 mil mortos. 12 mil crianças. 8 mil mulheres.
Nem de longe o Hamas parece estar próximo de uma rendição. Nem de longe Israel conseguirá sua “vitória completa” sem realizar um genocídio completo na região.