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quinta-feira - 21 novembro 2024 - 22:21

Embaixador da China se irrita com tuíte do governo Bolsonaro

O embaixador da China no Brasil, Yang Wanming, ironizou no sábado uma nota postada no Twitter pelo Ministério da Saúde que omitiu o fato de os insumos usados na produção de vacinas no país serem de origem chinesa, e o Itamaraty entrou em cena para agradecer os esforços do país asiático.

O diplomata chinês compartilhou um tuíte em que a Saúde mencionava que “insumos do exterior” para a produção de vacinas AstraZeneca/Fiocruz chegaram ao Brasil no sábado. Grifando a referência a insumos no exterior, Wanming escreveu “Confúcio disse, feito para amigos, fiel à sua palavra”.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, respondeu então ao embaixador agradecendo seu apoio “nesse momento de dificuldade sanitária” e afirmando que o ministério “espera ter sempre a sua parceria para essa e futuras ações”.

Também no Twitter, o Itamaraty compartilhou a notícia divulgada pelo Ministério da Saúde sobre a chegada dos insumos, mas complementou com um tuíte próprio: “Com agradecimento à Chancelaria da República Popular da China pelos esforços na pronta liberação dos insumos contratados à Oxford/AstraZeneca”.

O Instituto Butantan interrompeu o envase de vacinas há duas semanas por falta de insumos da vacina chinesa CoronaVac, e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) também anunciou na última semana que interromperia o envase da AstraZeneca até a chegada de um novo lote.

Na última quinta-feira, o embaixador chinês confirmou o envio dos novos lotes de insumos durante reunião por videoconferência com o Fórum dos Governadores. No Twitter, ele anunciou a liberação de insumos suficientes para a produção de 16,6 milhões de doses das vacinas Coronavac e AstraZeneca.

Neste domingo, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), também agradeceu o esforço da China. “Na parte que nos cabe, representando o Maranhão, V.Exa tem o nosso reconhecimento”, escreveu no Twitter.

As críticas feitas pelo governo Jair Bolsonaro à China na crise da pandemia são objeto de investigação da CPI da Covid, que apura as responsabilidades das autoridades na gestão da crise.

O Butantan e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmaram que recentes ataques de Bolsonaro à China interferiram diretamente no cronograma de liberação de novos lotes de insumos pelos chineses.

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