A Coreia do Norte alertou nesta terça-feira (11/02) que suas forças militares estão prontas para responder às manobras norte-americanas, um dia após um submarino nuclear da Marinha dos Estados Unidos atracar na cidade portuária de Busan, na Coreia do Sul.
Enquanto o Ministério da Defesa sul-coreano justificou a presença do chamado “USS Alexandria” em seu território para “descanso da tripulação”, Pyongyang interpretou como uma “expressão clara de confronto” de Washington, classificando a ação como “um flagrante desrespeito à segurança nacional”.
“As forças armadas da República não hesitarão em exercer seu direito legítimo de realizar ações de dissuasão contra fontes que ameaçam nossa segurança”, afirmou o governo norte-coreano em comunicado, conforme divulgado pela Agência Central de Notícias da Coreia (KCNA). “Não recuaremos nem um centímetro contra um país inimigo. Devemos controlar os EUA, uma entidade hegemônica que acredita cegamente na dominação pela força”.
O Ministério da Defesa norte-coreano sustenta que a entrada do submarino nuclear poderia provocar um confronto militar na região ao redor da Península Coreana, uma vez que as marinhas sul-coreana e norte-americana podem trocar informações e ensaiar uma possível invasão à sua nação. Dessa forma, exigiu que os EUA cessassem suas “ações provocativas que causam mais instabilidade”.
“A aparição de um submarino nuclear dos EUA na Península Coreana, pela primeira vez neste ano, é uma expressão clara da histeria invariável do país para o confronto com a Coreia do Norte. É uma ameaça inegável à segurança nacional e um fator que aumenta ainda mais a tensão militar na região”, disse o comunicado.
O “USS Alexandria” faz parte da Frota do Pacífico dos EUA, e é um submarino de ataque rápido movido a energia nuclear, armado com mísseis de cruzeiro do tipo Tomahawk.
O alerta norte-coreano movido nesta terça-feira se dá dois dias depois que os EUA realizaram uma série de exercícios conjuntos com a Coreia do Sul a apenas 25,7 quilômetros da fronteira com o país liderado por Kim Jong Un.
No domingo (09/02), Pyongyang criticou as atividades militares aéreas realizadas pela tríade Coreia do Sul-EUA-Japão, classificando-as como “ações irresponsáveis que aumentam as tensões regionais” e “só levarão a resultados indesejados”.
Embora o presidente norte-americano Donald Trump tenha sugerido mais diálogos com Kim durante a campanha eleitoral, Pyongyang tem intensificado sua retórica contra os EUA desde que o republicano assumiu oficialmente o cargo, em 20 de janeiro.