Jinan, 17 jul (Xinhua) — Nos últimos 10 anos, do comércio à cooperação técnica, a cooperação agrícola entre a China e a América Latina vem obtendo resultados frutíferos, contribuindo para a garantia da segurança alimentar bilateral, a promoção da cooperação geral entre os dois lados e a construção de uma comunidade China-América Latina com futuro compartilhado.
No terceiro fórum ministerial sobre agricultura entre a China e a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que foi realizado recentemente em Weifang, Província de Shandong, no leste da China, Peng Tingjun, vice-diretor do departamento de cooperação internacional do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais da China, disse que a China é o segundo maior parceiro da América Latina e Caribe na área comercial, em que o comércio de produtos agrícolas ocupa uma posição importante.
À medida que o comércio entre a China e a América Latina dobrou para mais de US$ 81 bilhões de 2014 a 2023, cada vez mais produtos de alta qualidade, como carne bovina argentina, camarão equatoriano e cerejas chilenas, garantem uma participação crescente no mercado chinês.
Com o aprofundamento da cooperação Sul-Sul, o escopo da cooperação agrícola China-América Latina também continua a se ampliar.
As linhas de produção estão rodando à velocidade máxima na fábrica de uma empresa de tecnologia agrícola em Shandong para atender aos crescentes pedidos de tratores dos países da América Latina e do Caribe.
Orgulhando-se de sua estreita parceria com clientes nesses países, Wang Shiguo, gerente de marketing da Weichai Lovol Intelligent Agricultural Technology, na cidade de Weifang, disse que a empresa registrou um crescimento de mais de 60% nas exportações no primeiro semestre deste ano, e a tendência ascendente vai continuar.
Jean Felipe Celestino Gouhie, conselheiro agrícola da embaixada brasileira na China, elogiou o sucesso da cooperação agrícola entre os dois países, durante a visita à Lovol.
Conforme ele, no Brasil, muitas pessoas veem o Brasil e a China como bons parceiros que confiam e se apoiam mutuamente, e a China, que importa soja, carne e outros produtos do Brasil, também está desempenhando um papel ativo na construção de infraestrutura agrícola no Brasil.
“Os tratores da Lovol são tão inteligentes que me impressionaram muito”, disse ele, expressando a esperança de facilitar a entrada de mais máquinas agrícolas chinesas no mercado brasileiro.
Laura Elena Suazo Torres, secretária hondurenha de agricultura e pecuária, elogiou os esforços da China na promoção da cooperação Sul-Sul em alimentos.
Ela expressou a esperança de que a cooperação agrícola China-CELAC seja elevada a um novo patamar, com maior intercâmbio e compartilhamento de experiências nas áreas de capacidades de produção agrícola sustentável e ciência e tecnologia agrícola.
Avinash G. Singh, ministro da Agricultura, Terras e Pesca de Trinidad e Tobago, disse que espera fortalecer a colaboração agrícola com a China no futuro, protegendo a segurança agrícola e promovendo a cooperação agrícola para o futuro mais brilhante de uma comunidade com um futuro compartilhado entre a China e a América Latina.