A China passará a oferecer, a partir de 1º de outubro, o novo visto K, voltado para jovens estrangeiros das áreas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). A medida foi anunciada em agosto e faz parte da estratégia de Pequim para fortalecer sua base de talentos, em um contexto de crescente rivalidade com os Estados Unidos.
Diferentemente do modelo norte-americano, que exige oferta de trabalho prévia, o visto K permitirá que estrangeiros obtenham residência e busquem emprego na China com mais flexibilidade. O programa também prevê facilidades para estudantes e pesquisadores interessados em ingressar em universidades e centros de inovação do país.
A decisão surge no momento em que Washington endurece suas regras migratórias. Entre as medidas recentes está a cobrança de taxa de US$ 100 mil para empresas que solicitam o visto H-1B, voltado a profissionais altamente qualificados. Analistas avaliam que esse movimento pode tornar a alternativa chinesa mais atraente para talentos globais.
Para o Brasil, a criação do visto K abre novas oportunidades de cooperação acadêmica e científica. Pesquisadores e profissionais brasileiros que atuam em áreas estratégicas, como energias renováveis, biotecnologia e inteligência artificial, poderão encontrar maior acesso a bolsas, projetos conjuntos e oportunidades de carreira na China.
A política integra o esforço chinês de consolidar-se como polo global de inovação. Ao reduzir barreiras para a entrada de estrangeiros qualificados, Pequim busca acelerar avanços tecnológicos e reforçar sua competitividade no cenário internacional.