China lamenta que UE tenha recorrido à OMC por investigação sobre produtos lácteos do bloco

Pequim lamenta que Bruxelas esteja contestando a decisão da China de iniciar uma investigação antissubsídios sobre produtos lácteos europeus na Organização Mundial do Comércio (OMC), disse o Ministério do Comércio chinês nesta segunda-feira (23).

No início do dia, a Comissão Europeia disse que havia lançado uma solicitação de consulta na OMC contestando a investigação da China sobre importações de certos produtos lácteos da União Europeia (UE).

Em nota publicada em seu site, a Comissão Europeia afirmou que se não for conduzida uma solução satisfatória, “a UE poderá solicitar a criação de um painel da OMC para decidir sobre essa investigação”.

“O lado chinês lamenta que a UE tenha encaminhado o caso de investigação antissubsídios ao mecanismo de solução de controvérsias da OMC e tomará medidas de acordo com as regras da OMC”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio, citado pela China Central Television (CCTV).

A investigação foi iniciada sob a lei chinesa e a pedido de produtores de alimentos chineses, informou a CCTV.

No final de agosto, o Ministério do Comércio chinês anunciou uma investigação antissubsídios sobre produtos lácteos europeus, que começou no dia 21 de agosto e deve levar até um ano, mas pode ser estendida por mais seis meses sob determinadas circunstâncias. A investigação tem como alvo leite e cremes produzidos na UE com teor de gordura superior a 10%, bem como vários tipos de queijos.

O anúncio foi feito um dia após a Comissão Europeia informar que havia enviado às partes interessadas um rascunho da decisão final a respeito da introdução de taxas de importação sobre carros elétricos trazidos da China. As taxas devem variar de 17% a 36,3%, a depender do fabricante. Espera-se que a decisão entre em vigor até novembro.

O Ministério do Comércio chinês acusou repetidamente Bruxelas de atiçar conflitos comerciais que podem resultar em uma guerra comercial completa e enfatizou a determinação da China em proteger seus interesses legítimos contra o que descreve como protecionismo europeu.

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