China é o 1º país do mundo a ter o e-commerce maior que o varejo físico

A China é o maior mercado de comércio eletrônico do mundo há quase uma década. Dados da Trade International Administration, um órgão regulador americano, indicam que o país asiático, sozinho, responde por mais de 50% de todos os pedidos online feitos no mundo.

Nesta semana, novos números deram forma à força do e-commerce da China. Dados dos dois primeiros meses de 2021 mostram que as vendas feitas em lojas online foram maiores que a soma de todas as vendas feitas em lojas físicas.

Os números são impressionantes pois trata-se da primeira vez que algo do tipo ocorre e acontece com grande antecedência na China.

Para efeito de comparação, números da eMarketer mostram que o segundo país com o comércio online mais desenvolvido, a Coreia do Sul, tem nas lojas digitais “apenas” 28,9% de suas vendas; número quase idêntico ao Reino Unido, economia mais online da Europa, onde as vendas digitais são 28,3% do varejo total.

No Brasil, números do eBit estimam em 10% o “market share” do e-commerce frente às lojas físicas.

Há três meses, a prestigiosa (e liberal, no sentido econômico) revista inglesa “The Economist” deu sua capa à China, apontando o país como o “líder em inovações no comércio eletrônico” em todo o mundo.

Explicar o motivo do sucesso estrondoso do e-commerce chinês é ao mesmo tempo fácil e difícil. Fácil pois alguns fatores são óbvios: o país tem a maior população online do mundo (900 milhões de usuários), sua população enriqueceu dramaticamente nas últimas três décadas (maior poder de consumo) e a migração do offline para o online acelerou-se em função da pandemia, como, aliás, ocorreu no resto do mundo todo.

Um dos responsáveis pelo boom do e-commerce é a excelente infraestrutura do país. Com trens de alta velocidade cortando o país e armazéns operados por robôs, entregar um smartphone do outro lado do país em 24 horas é uma missão… factível. No Brasil, com transporte rodoviário, levar um produto de uma zona industrial, como a Grande São Paulo, até uma cidade do interior de Goiás é, comparativamente, muito mais difícil.

Outro fenômeno é a ascensão do social-commerce, sites em que se misturam características de redes sociais e de vendas, uma febre no país.

Registre-se ainda que setores tradicionalmente menos digitalizados, como o agronegócio, por exemplo, operam a maior parte de suas vendas online. Produtores rurais no interior profundo da China, via marketplaces digitais, oferecem suas laranjas, bananas e melancias para os moradores das grandes cidades via app. É como se cortássemos os mercadões e os ceasas da cadeia de vendas, jogando todas as transações para a web.

Fonte: Uol

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