A China anunciou o avanço do Jiuzhang 4.0, nova geração do seu computador quântico fotônico, consolidando-se como referência mundial na área. Desenvolvido pela equipe do físico Pan Jianwei, na Universidade de Ciência e Tecnologia da China (USTC), o equipamento representa um salto expressivo em desempenho e precisão, sendo capaz de realizar cálculos milhares de vezes mais complexos que os supercomputadores tradicionais.
Com base em um sistema óptico de alta densidade, o Jiuzhang 4.0 utiliza centenas de fótons entrelaçados em um circuito ultrassensível, que garante estabilidade inédita na execução de operações matemáticas. O aprimoramento reduziu drasticamente o ruído e aumentou a taxa de fidelidade dos resultados, um dos principais desafios da computação quântica.
Além do recorde em solo, a China lançou ao espaço um protótipo miniaturizado do Jiuzhang 4.0, instalado em um satélite para testar comunicações seguras baseadas em entrelaçamento quântico. O experimento faz parte da estratégia nacional de integrar tecnologias emergentes — como inteligência artificial, big data e redes quânticas — a um ecossistema científico de longo prazo.
De acordo com pesquisadores chineses, o objetivo é desenvolver uma plataforma de computação quântica plenamente operacional até 2035, ampliando a autonomia tecnológica do país em áreas críticas como defesa, energia, biotecnologia e simulações climáticas.
Especialistas internacionais avaliam que o Jiuzhang 4.0 coloca a China na dianteira da corrida global pela supremacia quântica, intensificando a competição tecnológica com Estados Unidos, Japão e União Europeia. Mais do que um marco científico, o avanço simboliza a crescente capacidade de inovação de um país que pretende liderar a próxima revolução tecnológica mundial.
