Os EUA, que retomam seu papel na diplomacia climática global após um hiato de quatro anos do presidente Donald Trump, esperam há tempos manter as questões climáticas separadas de sua disputas com a China em temas como comércio, direitos humanos e a origem da pandemia de Covid-19.
O conselheiro de Estado e chanceler Wang Yi disse ao enviado norte-americano para o clima, John Kerry, que os EUA veem os esforços conjuntos bilaterais contra o aquecimento global como um “oásis”, informou a chancelaria em um comunicado.
“Mas cercando o oásis há um deserto, e o oásis poderia se desertificar muito em breve”, disse ele por videochamada na quarta-feira. “A cooperação climática China-EUA não pode ser separada do ambiente mais abrangente das relações China-EUA.”
“Todos que se encontrarem com você terão que passar duas semanas em quarentena, mas estamos dispostos a pagar este preço para debater a cooperação com os EUA em assuntos de interesse mútuo”, disse Wang, segundo citação da emissora estatal CCTV.
Kerry disse a Wang que Washington quer que a China faça mais pelo clima, disse um porta-voz do Departamento de Estado.
Ele está na cidade de Tianjin, no norte chinês, para conversar com Xie Zhenhua, o enviado especial da China para o clima, sobre a reação conjunta dos dois países à crise climática.