A cônsul-geral da China em São Paulo Chen Peijie publicou o artigo em um Jornal: A cooperação Brasil-China acima de falácias

Recentemente, no contexto do combate à pandemia e da dedicação ao desenvolvimento comum, surgiram alguns ruídos, duvidando-se do motivo da China na parceria com o Brasil

A cooperação Brasil-China acima de falácias

Por Chen Peijie

Recentemente, no contexto do combate à pandemia e da dedicação ao desenvolvimento comum, surgiram alguns ruídos, duvidando-se do motivo da China na parceria com o Brasil, e os efeitos da cooperação de vacinas entre eles, com a tentativa de prejudicar a amizade dos dois países. Porém, os rumores param com o sábio, e os fatos falam mais alto que palavras. A China persiste na política externa baseada em independência, paz e respeito, sem impor ideologia nem qualquer precondição política, enquanto se dedica à promoção do multilateralismo. Sendo parceiros estratégicos globais, China e Brasil têm testado e aprofundado sua amizade tradicional e parceria pragmática mesmo nessa luta contra a pandemia.

O êxito da China se destaca no mundo, a qual não copia o modelo de desenvolvimento estrangeiro nem exige que outros países copiem o dela. Nos últimos 40 anos, 850 milhões de chineses foram libertados da pobreza, com 70% no contributo global e adiantando em 10 anos o cumprimento da meta da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Por vários anos consecutivos, a China ocupa 30% no crescimento econômico global. Pelo princípio de respeito, igualdade e benefício mútuo, a China desenvolve suas relações amistosas com o exterior, e as iniciativas propostas pelo presidente Xi Jinping (tais como Comunidade do Destino Comum, Cinturão e Rota) constituem orientação importante para a diplomacia chinesa na nova era.

Sendo maiores países em desenvolvimento nos hemisférios Leste e Oeste, e membros do G20 e Brics, China e Brasil têm forte complementaridade econômica. O Brasil é o primeiro país latino-americano cuja balança comercial com a China passou de US$ 100 bilhões. Em 2020, o volume de comércio bilateral foi de US$ 102,6 bilhões, com alta de 3,2% em relação a 2019. Assim, a China virou um dos poucos países com o crescimento comercial positivo com o Brasil na pandemia. No período, as exportações brasileiras para a China aumentaram por 7%, e o superávit com a China atingiu US$ 33 bilhões, com o peso de 65% no seu total. Na luta difícil da China contra a pandemia, o Brasil manifestou solidariedade ao povo chinês. Em contrapartida, a China, inclusive os governos, empresas e comunidade chinesa no Brasil, ajudou o Brasil a enfrentar a Covid-19, através da doação de vários lotes de EPIs, organização de mais de 20 webinários de intercâmbio entre especialistas de saúde e auxílio a 42 voos brasileiros na aquisição de insumos médicos, enriquecendo efetivamente o teor da parceria estratégica global .

Nos últimos dias, o secretário de Turismo do Estado de São Paulo, Vinicius Lummertz, junto com o secretário de Relações internacionais, Julio Serson, publicaram artigo para manifestar respeito e gratidão à China pelo apoio no combate à pandemia. O chanceler Carlos França afirmou que a relação com a China está entre as prioridades da diplomacia brasileira. “The Wall Street Journal”, jornal norte-americano, fez uma cobertura sobre a cidade de Serrana, imunizada com CoronaVac, registrando a redução de casos e a retomada das atividades econômicas e sociais no curto prazo. Os fatos comprovam que as conquistas da cooperação amistosa bilateral são óbvias, não podem e jamais ser ofendidas por ninguém!

O vírus é o inimigo comum da humanidade, e a tarefa urgente é vencer a pandemia. A China se opõe veementemente à politização e à estigmatização do vírus e cumprirá o compromisso de tornar vacina um bem público global, para distribuí-la justamente nos países em desenvolvimento e recuperar a economia global o quanto antes. É certo que China e Brasil irão compartilhar um futuro cada vez melhor no aprofundamento da cooperação amistosa e a construção de comunidade de destino comum.

*Cônsul-geral da China em São Paulo

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