Brasil sediará pela primeira vez a maior feira de energia solar do mundo fora da China

Evento em São Paulo reforça protagonismo do país na transição energética global

(Foto: Reprodução)

O Brasil se prepara para receber, pela primeira vez fora da China, a SNEC PV & ES LATAM, maior feira internacional dedicada à energia solar, armazenamento e mobilidade elétrica. O evento acontecerá em São Paulo, entre 24 e 26 de março de 2026, e deve reunir cerca de 100 expositores e 10 mil visitantes, consolidando o país como um dos centros emergentes da transição energética global.

A edição brasileira marca um novo capítulo na história da feira — criada em 2007, em Xangai — que se transformou na principal vitrine mundial de tecnologias fotovoltaicas. O Brasil foi escolhido por seu papel crescente no setor: segundo a Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), o país já ultrapassou 62 gigawatts (GW) de capacidade instalada, sendo 42,9 GW provenientes de geração distribuída. Apenas em 2024, o país adicionou 18,9 GW, o que o posicionou como o quarto maior mercado de energia solar do mundo, atrás apenas de China, Estados Unidos e Índia.

A SNEC PV & ES LATAM chega em um momento estratégico. O país avança no debate sobre o uso de baterias de armazenamento, com o primeiro leilão nacional de sistemas de armazenamento previsto para 2026, e se consolida como terreno fértil para investimentos estrangeiros. O evento deve atrair as principais fabricantes de painéis solares, inversores, sistemas de baterias e soluções de infraestrutura inteligente, além de desenvolvedores de projetos de energia e empresas de mobilidade elétrica.

A China, principal parceira comercial do Brasil e líder global em tecnologias limpas, desempenha papel central nessa aproximação. Grandes companhias chinesas do setor demonstram interesse em ampliar suas operações no país, fortalecendo parcerias e incentivando a transferência tecnológica. O objetivo é acelerar a adoção de soluções fotovoltaicas e de armazenamento, ampliando o acesso à energia limpa e reduzindo custos para consumidores e indústrias.

Mais do que um encontro de negócios, a feira simboliza o amadurecimento da matriz energética brasileira, que avança para um modelo de produção mais sustentável, descentralizado e inteligente. Ao sediar o maior evento de energia solar do mundo fora da China, o Brasil reafirma seu papel como protagonista da transição energética latino-americana e se posiciona no centro do diálogo global sobre o futuro da energia limpa.

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