A China manifestou apoio à participação do Brasil no recém-criado Grupo dos Amigos do Sul Global, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira (10). A iniciativa integra a estratégia chinesa de fortalecer a articulação entre países emergentes e ampliar sua influência nos debates sobre governança internacional.
O novo fórum busca atuar como complemento ao BRICS, reunindo parceiros estratégicos da Ásia, África e América Latina para propor alternativas diante do enfraquecimento de organismos tradicionais, como a ONU e a OMC.
Para analistas, a defesa chinesa da inclusão do Brasil reflete o reconhecimento do país como principal economia da América Latina e voz relevante do Sul Global. Além de sua presidência rotativa do BRICS em 2025, o Brasil tem adotado posições firmes em defesa do multilateralismo e busca diversificar suas alianças internacionais.
A participação no grupo pode trazer ganhos concretos, como maior acesso a cooperação financeira, tecnológica e energética. Há expectativa de que isso abra espaço para novos investimentos em infraestrutura, além de reforçar a coordenação em temas como segurança alimentar, transição energética e regulação digital.
Com o apoio de Pequim, o Brasil se posiciona para ampliar sua presença em redes multilaterais que dão prioridade às economias emergentes, reforçando sua imagem de ator-chave na construção de uma ordem internacional mais equilibrada e representativa.