Brasil e China se unem para modernizar os serviços postais e ampliar a inclusão digital

Cooperação bilateral prevê intercâmbio tecnológico, capacitação e fortalecimento da atuação conjunta em fóruns internacionais

(Foto: Reprodução / Ricardo Stuckert / PR)

Em mais um passo estratégico para fortalecer a cooperação bilateral, Brasil e China assinaram nesta segunda-feira (12) um memorando de entendimento visando à modernização dos serviços postais. O acordo, firmado entre o Ministério das Comunicações do Brasil e o Departamento de Correios da China, tem como objetivo aprimorar a qualidade, eficiência e inclusão dos serviços postais, especialmente em áreas remotas do território brasileiro.

A parceria contempla a troca de conhecimentos sobre legislação e regulamentação postal, políticas públicas, padrões de qualidade, serviços de endereçamento e prestação de serviços universais. Estão previstos também treinamentos técnicos e intercâmbio de boas práticas entre os operadores postais e expressos dos dois países.

Segundo o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, a cooperação permitirá uma troca rica de experiências e tecnologias, com impacto direto na melhoria da qualidade dos serviços prestados à população. “Estamos falando de mais inclusão postal e digital, sobretudo nas áreas mais remotas do país, onde o serviço postal é essencial para conectar pessoas, negócios e políticas públicas”, afirmou.

Além do foco na modernização interna, o memorando prevê o fortalecimento da atuação conjunta de Brasil e China em discussões internacionais no âmbito da União Postal Universal (UPU), reforçando o protagonismo dos dois países em decisões estratégicas para o futuro do setor postal global.

A assinatura do acordo ocorreu durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, que busca fortalecer os laços econômicos e comerciais entre os dois países. Durante a visita, foram anunciados investimentos chineses em setores estratégicos no Brasil, como energia renovável, indústria automobilística e tecnologia.

Especialistas apontam que a parceria pode facilitar o comércio bilateral, permitindo que empresas brasileiras e chinesas realizem transações em suas moedas locais, reduzindo custos e riscos associados à volatilidade cambial. Além disso, a medida pode contribuir para a internacionalização do yuan e a diversificação das reservas cambiais brasileiras.

Com a assinatura do acordo, Brasil e China reafirmam seu compromisso com a cooperação econômica e financeira, buscando mecanismos que promovam a estabilidade e o crescimento sustentável em um cenário global desafiador.

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