Inflação da China tem maior queda em 13 meses

Pressões deflacionárias se aprofundam em fevereiro

(Foto: Kosaku Mimura)

O índice de preços ao consumidor da China em fevereiro ficou abaixo das expectativas e registrou a maior queda em 13 meses, enquanto a deflação nos preços ao produtor persistiu. A demanda sazonal enfraqueceu, e os consumidores permaneceram cautelosos em relação aos gastos devido a preocupações com emprego e renda.

Na semana passada, Pequim prometeu esforços mais significativos para impulsionar o consumo, diante da intensificação da guerra comercial com os Estados Unidos. No entanto, analistas preveem que as pressões deflacionárias na segunda maior economia do mundo devem continuar.

O governo estabeleceu a meta de crescimento econômico para 2025 em cerca de 5%, mantendo o mesmo nível do ano passado, enquanto reduziu a meta anual de inflação para aproximadamente 2%, ante 3% no ano anterior.

O índice de preços ao consumidor (IPC) caiu 0,7% no mês passado em relação ao mesmo período do ano anterior, revertendo o aumento de 0,5% registrado em janeiro, segundo dados divulgados pelo Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) neste domingo.

Foi a primeira contração do índice desde janeiro de 2024 e pior do que a queda de 0,5% estimada por economistas consultados pela Reuters.

“A economia da China ainda enfrenta pressão deflacionária. Embora o sentimento tenha melhorado com os avanços no setor tecnológico, a demanda interna continua fraca”, afirmou Zhiwei Zhang, presidente e economista-chefe da Pinpoint Asset Management.

Com as exportações enfrentando riscos devido à guerra comercial, a política fiscal precisa se tornar mais proativa, acrescentou Zhang, destacando que o setor imobiliário da China também continua em dificuldades.

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