OTAN ‘não é obrigada’ a fornecer assistência militar à Ucrânia, diz representante da Alemanha

O representante permanente da Alemanha na OTAN Ruediger Koenig explicou que o bloco liderado pelos EUA não é obrigado a oferecer assistência militar direta à Ucrânia. Ele acrescentou que os membros da Aliança Atlântica querem evitar uma grande guerra.

Em entrevista ao jornal Dein Spiegel publicada neste sábado (1º), Koenig descreveu a decisão da Rússia de iniciar uma operação especial contra a Ucrânia no final de fevereiro como um evento “divisor de águas”.

De acordo com ele, a OTAN não responde aos pedidos de ajuda do presidente ucraniano Vladimir Zelensky porque a Ucrânia não faz parte da Aliança.

“A Ucrânia não é membro da OTAN. Portanto, não surgem obrigações de defesa coletiva […] Nós também não queremos de maneira alguma que a OTAN tome parte ativa nas hostilidades”, disse Koenig em resposta à observação de que o líder ucraniano tinha por várias vezes pedido ajuda à Aliança.

O envolvimento da OTAN no conflito pode levar a uma guerra envolvendo 30 países que não a querem, disse representante da Alemanha no bloco.

Ele ressaltou que a aliança militar como um todo não tem obrigação legal de ajudar Kiev, já que a Ucrânia não é um Estado-membro. Isso significa que o artigo 5 do tratado da OTAN não pode ser ativado, explicou o responsável. Sob esse artigo, um ataque a um aliado é considerado um ataque contra toda a OTAN, e todos os Estados integrantes devem defender a nação-alvo.

Na passada sexta-feira (30) Zelensky disse que Kiev, em resposta à adesão à Rússia das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL), bem como das regiões de Kherson e Zaporozhie, solicitou a admissão acelerada à OTAN.

O assistente do presidente dos Estados Unidos para a Segurança Nacional, Jake Sullivan, por sua vez, disse que o procedimento para admitir a Ucrânia na OTAN é prematuro por enquanto.

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