Turquia ameaça não aprovar candidatura da Suécia à Otan se “terroristas” não forem extraditados

"Apoiar as organizações terroristas ilegais do PKK, as YPG e pedir-nos apoio para a adesão à Otan é, no mínimo, inconsistente." Disse Erdogan ao anunciar que recusaria a adesão da Finlândia e Suécia à OTAN.

A Turquia não aprovará a adesão da Suécia à Otan se o país não extraditar “terroristas” a pedido turco, disse o presidente turco Recep Tayyip Erdogan na quarta-feira (18).

“Apoiar as organizações terroristas ilegais do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), as Unidades de Proteção do Povo Curdo da Síria (YPG) e pedir-nos apoio para a adesão à Otan é, no mínimo, inconsistente. Pedimos à Suécia que devolvesse 30 terroristas, mas eles se recusaram em fazê-lo”, disse Erdogan ao se dirigir aos legisladores de seu partido.

“Não podemos dizer ‘sim’ a essa organização de segurança ser privada de segurança”, disse o presidente.

Erdogan também disse às delegações da Suécia e da Finlândia para não se incomodarem em ir a Ancara para convencê-la a aprovar suas propostas à Otan.

A expansão do bloco pode ser “significativa” se as sensibilidades dos estados membros forem respeitadas, observou o presidente turco, instando outros membros da Otan a “respeitar” as preocupações da Turquia sobre a intenção da Finlândia e da Suécia de ingressar na aliança.

A Finlândia e a Suécia apresentaram formalmente na quarta-feira seus pedidos de adesão ao secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

A Turquia acusou ambas as nações de apoiar “organizações terroristas”, referindo-se ao PKK e YPG. Helsinque e Estocolmo teriam rejeitado ou dispensado o pedido de Ancara para a extradição de “terroristas”.

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