back to top
12.4 C
São Paulo
segunda-feira - 20 outubro 2025 - 23:22

Taxa de desemprego estaciona, informalidade cresce e renda despenca

São Paulo – A taxa média de desemprego no país, de 13,7%, parou de subir no trimestre encerrado em julho, mas segue em nível elevado, com crescimento da informalidade e queda na renda. Estimado em 14,085 milhões, o número de desempregados caiu no trimestre (menos 676 mil), mas cresceu em 12 meses (mais 955 mil). Boa parte dos empregos criados desde abril é sem carteira ou por conta própria. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (30) pelo IBGE.

Segundo o instituto, o número de ocupados cresceu 3,6% no trimestre, o equivalente a 3,102 milhões de pessoas a mais no mercado. Pela pesquisa, o emprego sem carteira no setor privado aumentou mais do que o com carteira: 6% e 3,5%, respectivamente. E o trabalho por conta própria subiu 4,7%, principalmente entre os que não tinham CNPJ (5,5%). O número de trabalhadores nesse caso é recorde: 25,172 milhões. E o de pessoas sem CNPJ é o menor da série histórica.

Mais “sem” do que “com” carteira

Na comparação com julho de 2020, a diferença se ressalta. A ocupação tem crescimento de 8,6% – acréscimo de 7,014 milhões de pessoas. O emprego com carteira sobe 4,2% (1,246 milhão) e o sem carteira, 19% (1,648 milhão). Já o trabalho por conta própria aumenta 17,6% (3,766 milhões).

Assim, informa o IBGE, a taxa de informalidade subiu para 40,8% da população ocupada. Era de 39,8% há três meses e de 37,4% em julho do ano passado. Esse grupo inclui empregados sem carteira assinada, trabalhadores domésticos, sem CNPJ ou sem remuneração. Um universo de 36,3 milhões de pessoas.

Avanço da informalidade: 5,6 milhões

“Em um ano, o número de informais cresceu 5,6 milhões. O avanço da informalidade tem proporcionado a recuperação da ocupação da Pnad Contínua”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy. “Embora tenha havido um crescimento bastante acentuado no período, o número de trabalhadores informais ainda está distante do máximo registrado no trimestre fechado em outubro de 2019, quando tínhamos 38,8 milhões de pessoas na informalidade”, acrescenta.

Em relação a abril (14,7%), a taxa de desemprego caiu 1 ponto percentual. Na comparação anual (13,8%) ficou estável.

Desalentados e subutilizados

A chamada taxa de subutilização, que inclui pessoas que gostariam de trabalhar mais, foi de 28%, ante 29,7% em abril e 30,1% há um ano. Agora, são 31,7 milhões de pessoas nessa situação. Os desalentados somam 5,4 milhões, 10% a menos no trimestre e 7,3% em 12 meses. Há menos pessoas fora da força de trabalho – atualmente 74,1 milhões.

Outro sinal de que o mercado tem absorvido pessoal de menor remuneração está no serviço doméstico. O total de trabalhadores nesse setor chegou a 5,332 milhões, crescimento de 7,7% no trimestre e e 16,1% (739 mil) em um ano.

Calculado em R$ 2.508, o rendimento médio caiu 2,9% no trimestre e 8,8% em um ano. A massa de rendimentos, que soma R$ 218 bilhões, ficou estável nos dois casos.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Compartilhar Artigo

BRL - Moeda brasileira
USD
5,3128
CNY
0,7462
spot_img

Popular

Artigos Relacionados
RELACIONADOS

Secretário transforma praça simbólica em sonho realizado para idosos da aldeia em Xiaoliu

Na vila de Du Hutong, cidade de Xiaoliu, uma...

China interrompe importações de soja dos EUA pela primeira vez em sete anos

Pela primeira vez desde novembro de 2018, a China...

Shanxian celebra o Festival do Meio Outono com evento cultural que une chineses e estrangeiros

Às vésperas do Festival do Meio Outono, a Escola...

Educação ambiental ganha forma lúdica em escola infantil de Beicheng

No dia 17 de outubro, a Rua Beicheng, no...