Yushu, Qinghai: A pequena cidade do planalto que “cresceu” em meio às áreas verdes ecológicas.

Cidade de altitude elevada combina natureza exuberante, cultura tibetana e urbanismo moderno às margens do rio Batang

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

Vista do alto, cercada por montanhas, a cidade de Yushu, na província de Qinghai — localizada na Região Autônoma Tibetana de Yushu — se ergue densamente no meio de um vale, enquanto o rio Batang, como uma fita de jade esmeralda, atravessa a cidade. As águas que correm da nascente do Rio Yangtzé formam aqui uma vasta área alagada, fazendo com que Yushu pareça uma pequena cidade do planalto incrustada em um cinturão de áreas úmidas.

Localizada no coração do Planalto Tibetano, Yushu está a mais de 4.000 metros de altitude. Para quem nunca esteve ali, o primeiro sentimento costuma ser o medo da altitude. Mas ao entrar de fato na cidade, a sensação é como se se estivesse nas regiões verdes e tranquilas do sul da China.

Saindo de Xining, capital da província de Qinghai, e seguindo rumo ao sudoeste, a viagem de mais de 700 quilômetros é uma longa travessia por terras desertas e silenciosas. Do lado de fora da janela, sucedem-se planícies áridas e vastas pradarias, com a estrada se estendendo sem fim sob os pés.

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

Ao atravessar as montanhas Bayan Har e continuar por entre os vales dos rios, não demora muito para que a cidade de Yushu surja de repente diante dos olhos.

Ao caminhar pelas ruas de Yushu, a sensação é bem diferente daquela imagem típica de uma cidade de planalto frio e seco — aqui, tudo lembra uma “cidade das águas”. Os abundantes sistemas hídricos da bacia do rio Yangtzé formam zonas úmidas que envolvem o centro urbano.

Segundo um representante do Departamento de Meio Ambiente Ecológico da cidade de Yushu, o Parque Nacional de Zonas Úmidas do Rio Batang foi construído ao redor da cidade. Assim, Yushu parece uma cidade que “brotou” de dentro de uma área verde ecológica.

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

Em abril, ao caminhar pela trilha ao longo do rio Batang, a brisa suave toca o rosto com um leve frescor. No ar úmido, sente-se não apenas o aroma terroso da natureza, mas também o perfume intenso do incenso tibetano. Durante os feriados, as margens do rio ficam repletas de pessoas com câmeras nas mãos, esperando pacientemente por momentos raros — como uma lontra se alimentando ou brincando na água.

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

O ambientalista Zhao Xiang, que realiza pesquisas de campo de longo prazo na região de Sanjiangyuan, disse a repórteres que as lontras são animais protegidos de segunda classe na China e exigem altíssima qualidade da água para sobreviver. Elas são consideradas espécies indicadoras importantes da saúde dos ecossistemas fluviais. O fato de lontras aparecerem em áreas urbanas densamente povoadas é algo quase inédito em todo o país. De acordo com os estudos, existem de 20 a 30 lontras vivendo nos corpos d’água de Yushu e arredores, com boa densidade populacional e condições de vida estáveis.

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

Ao chegar a Yushu, há ainda mais surpresas inesperadas — uma cidade no planalto que é, surpreendentemente, coberta por verde por todos os lados. O projeto de reflorestamento das montanhas ao norte e ao sul, realizado ao longo de vários anos, transformou visivelmente a paisagem urbana.

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

Todo verão, ao caminhar pelas ruas de Yushu e olhar para a distância, a paisagem parece ganhar automaticamente um efeito de “nitidez” de câmera — o céu azul profundo parece ao alcance das mãos, e as montanhas ao redor, elevadas e exuberantemente verdes. Nos últimos anos, Yushu tem mantido consistentemente 100% dos dias com qualidade do ar dentro dos padrões. “Abrir a janela e ver o verde, sair de casa e entrar em um parque” tornou-se uma das marcas mais notáveis da cidade. Em dias de chuva, uma névoa leve cobre as montanhas ao redor; a umidade abundante nutre a terra, riachos correm ao lado das estradas, e por um momento, as pessoas se sentem transportadas para as regiões aquáticas do sul da China.

(Foto: Reprodução/ Zhang Long/ Xinhua)

Quando a noite cai, as margens do rio Batang se enchem de vida: bares animados, o aroma convidativo de café e turistas passeando transformam o vale profundo em um cenário vibrante. Como disse um visitante, “aqui é possível vivenciar tanto a grandiosidade única das regiões de alta altitude quanto a vitalidade dos pântanos — tudo isso sem abrir mão do dinamismo de uma cidade moderna”.

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