A pesquisa foi dirigida pelos Observatórios Astronômicos Nacionais (OAN) da Academia Chinesa de Ciências. Os resultados foram publicados nesta quinta-feira na revista Research in Astronomy and Astrophysics.
Os pulsares, ou estrelas de nêutrons de giro rápido, originam-se a partir dos núcleos implodidos de estrelas maciças moribundas mediante explosões de supernovas.
Eles têm os campos magnéticos mais potentes, a maior densidade e a rotação mais rápida de que qualquer corpo celeste do universo, por isso são um laboratório ideal para estudar as leis da física em entornos extremos, explicou Han Jinlin, do OAN, líder da pesquisa.
Desde o primeiro descobrimento em 1968, foram descobertos cerca de 3.000 pulsares.
A equipe de pesquisa iniciou no começo de 2020 um projeto de estudo denominado Foto Instantânea do Pulsar do Plano Galáctico (GPPS, em inglês). Todo o céu visível ao redor da Via Láctea pode ser observado durante cinco minutos pelo FAST.
Até março deste ano, se procurou em cerca de 5% da área do céu prevista e se achou 201 pulsares.
Trata-se de um resultado impressionante na fase inicial do projeto, assinalou Richard N. Manchester, de Astronomia e Ciência Espacial do CSIRO (Austrália).
Cerca de 40 pulsares encontrados no estudo GPPS têm um período inferior a 30 milissegundos, que são pulsares de milissegundos recém-descobertos.
“O FAST é promissor para o estudo dos objetos compactos do universo e nos ajuda a aprender mais sobre a física e a astrofísica fundamentais”, afirma Jim Cordes, da Universidade de Cornell, revisor do estudo.