Tecnologia agrícola da China se destaca na Agrishow 2025 e atrai produtores brasileiros

Com drones, caminhões elétricos e veículos off-road, empresas chinesas chamam atenção pela inovação acessível e fortalecem parceria com o agronegócio nacional.

(Foto: Reprodução/ Brasil de Fato/ Juliet Xiao)

Na maior feira de tecnologia agrícola da América Latina, a China mostrou que está pronta para ser protagonista no futuro do agronegócio brasileiro. A Agrishow 2025, realizada entre 28 de abril e 2 de maio em Ribeirão Preto (SP), reuniu mais de 800 expositores de diversos países — e o pavilhão chinês foi um dos pontos de maior movimento.

Entre os destaques estavam caminhões 100% elétricos de baixo custo operacional, picapes elétricas capazes de transportar e recarregar drones de grande porte, além de veículos off-road que enfrentam terrenos acidentados com facilidade. A combinação de robustez e tecnologia conquistou o público, especialmente produtores de pequeno e médio porte em busca de soluções acessíveis e eficientes.

A empresa XAG, de Guangzhou, apresentou uma linha avançada de drones agrícolas com alta capacidade de carga e velocidade de voo. Segundo Cheng Qichang, gerente regional da XAG, o diferencial está no custo-benefício: os drones chegam a custar apenas um sexto das máquinas tradicionais, sem perder eficiência no campo.

A DJI Agriculture, outra gigante do setor, aproveitou o evento para lançar uma nova edição de seu livro branco sobre drones agrícolas, abordando regulamentações, tendências tecnológicas e boas práticas de uso. Yi Jiaxiao, gerente da DJI no Brasil, afirmou que a iniciativa contribui para a padronização do uso dos drones no país — um passo importante para ampliar o uso seguro e legal da tecnologia.

Também marcaram presença a CFMOTO, com sua linha diversificada de veículos off-road voltada para uso agrícola, e o grupo Sany, que levou ao evento caminhões e máquinas agrícolas totalmente elétricas. “A China lidera a transição para a eletrificação e essa experiência pode acelerar a adoção de soluções sustentáveis no Brasil”, avaliou Abirached, representante da Sany em São Paulo.

Além do público brasileiro, os expositores destacaram o bom momento da cooperação sino-brasileira no setor. O presidente da Agrishow, João Marcheson, elogiou a presença chinesa e afirmou que as economias dos dois países são altamente complementares. “É hora de aprofundarmos ainda mais essa parceria estratégica”, declarou.

Com cerca de 200 mil visitantes e 14,6 bilhões de reais movimentados em intenções de negócios, a edição de 2025 da Agrishow reforça que inovação, sustentabilidade e colaboração internacional são os caminhos para o futuro do agronegócio — e a China parece disposta a caminhar lado a lado com o Brasil.

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