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terça-feira - 25 março 2025 - 18:13

Sob pressão no Exército, Pazuello ganha cargo em secretaria ligada ao gabinete de Bolsonaro

O ex-ministro e general da ativa Eduardo Pazuello foi nomeado como Secretário de Estudos Estratégicos da Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos (SAE), órgão vinculado à Presidência da República. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU) na tarde desta terça-feira.

A SAE é comandada pelo almirante Flávio Rocha. Pazuello deverá receber um salário de R$ 16.944,90. Esse valor será complementado pelo que o ex-ministro recebe como general da ativa do Exército. A nomeação foi assinada pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Como o GLOBO mostrou nesta terça-feira, a nomeação ocorrere após Pazuello ter blindado o presidente Jair Bolsonaro em seu depoimento na CPI da Covid, no Senado, e dias depois ter comparecido a uma manifestação ao lado do presidente no Rio de Janeiro. Pela participação neste ato, o ex-ministro está respondendo a um procedimento administrativo no Exército e pode ser punido.

Horas depois da nomeação sair no D.O., o presidente Jair Bolsonaro pediu aplausos ao general em evento no Ministério da Saúde que marcou a assinatura do acordo de transferência tecnológica com a farmacêutica AstraZeneca para a produção nacional do insumo necessário para a fabricação da vacina desenvolvida pela empresa com a Universidade de Oxford.

Ao final do seu discurso, o presidente novamente fez uma reverência ao ex-ministro Pazuello e citou também o ex-chanceler Ernesto Araújo.

— Fazer aqui uma devida ressalva, cumprimentar o trabalho do antecessor do Queiroga, Eduardo Pazuello, e do antecessor também do Carlos França, Ernesto Araujo, que trabalharam e muito nessa questão deste acordo que acabamos de assinar agora — afirmou.

No início de maio, antes de prestar depoimento à CPI, Pazuello recusou um cargo na Secretaria-Geral da Presidência. O ato de nomeação chegou a ser assinado pelo ministro da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos, mas não foi publicado a pedido do militar. Na época, o general também ameaçou abrir mão da defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) na comissão e ser representado por um advogado particular caso não houvesse um pedido de habeas corpus. Com o receio de distanciamento do ex-ministro, Bolsonaro deu aval ao HC.

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