Shaya revela o “dourado milenar” das florestas de choupos-do-deserto

Na margem do Tarim, a paisagem outonal transforma o condado em palco natural e resgata memórias da Rota da Seda.

(Foto: Reprodução)

No auge do outono, a Floresta de Choupos de Shaya, em Aksu (Xinjiang), assume tons dourados que parecem cuidadosamente preparados pela natureza. Um grupo de jornalistas de mídias chinesas no exterior, participante da edição 2025 do roteiro “Riquezas da Terra e Prosperidade do Povo”, visitou o condado para registrar o espetáculo sazonal às margens do rio Tarim. A cena, marcada por folhas amarelas e luz filtrada entre as copas, consolida Shaya como um dos cartões-postais de outono do noroeste chinês.

Ao entrar no bosque, a sensação é de caminhar por uma pintura em movimento. Milhares de choupos-do-deserto — árvores conhecidas pela resistência e pelas formas retorcidas — compõem um mosaico de cores que muda com a incidência da luz. O vento leve faz as folhas sussurrarem, enquanto o estalar das que já caíram cria uma trilha sonora discreta, reforçando o clima de contemplação. A paisagem, além do impacto visual, preserva um ecossistema singular de zonas áridas, sustentado pela proximidade do Tarim.

(Outono na Floresta de Choupos de Shaya, às margens do rio Tarim.)

Shaya reúne atrativos naturais e história. A região guarda vestígios culturais associados à antiga Rota da Seda, rota que conectou povos e tradições ao longo de séculos. Entre o bosque e o rio, o visitante encontra um testemunho da convivência entre natureza e civilização: caminhos antigos, áreas de travessia e marcas do intercâmbio que moldou o oeste da China. Esse encontro entre patrimônio natural e herança cultural dá ao destino um caráter simbólico além do turismo de paisagem.

A experiência outonal é também convite à educação ambiental. O ciclo de mudança de cor das folhas, a interação entre vento, luz e copa, e a própria adaptação do choupo-do-deserto a condições extremas ajudam a explicar por que o bioma merece atenção e cuidado. Guias locais destacam práticas de visitação responsável e de proteção do habitat, essenciais para garantir que o espetáculo se repita a cada temporada.

Neste outono, Shaya reafirma sua vocação como paisagem de memória e de encontro. Para quem chega, o bosque dourado funciona como ponte entre o presente e a longa duração histórica do corredor do Tarim — um lugar onde a estética do outono se soma à narrativa de resistência e intercâmbio que acompanha a região há milênios.

Fonte: Departamento de Publicidade do Comitê Municipal de Aksu.

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