O avanço de 1,1% do volume de serviços em julho foi impulsionado pelas atividades direcionadas às famílias. Ainda assim, a recuperação que coloca o setor em patamar 3,9% superior ao nível pré-pandemia é guiada pelos serviços não presenciais, de acordo com os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Rodrigo Lobo, analista responsável pela pesquisa, afirma que as atividades dos segmentos não presenciais se destacam desde a fase mais aguda da pandemia, entre março e maio do ano passado, e são essenciais para o recente desempenho positivo do setor.
“O que sustenta o setor de serviços no patamar um pouco abaixo de março de 2016 são os serviços de caráter não presencial, como serviços de tecnologia da informação, serviços financeiros, e armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio, que obtiveram ganhos de receita mais expressivos”, detalha Lobo.
O pesquisador destaca que os serviços presenciais, como os prestados às famílias e os profissionais e administrativos, que guiaram a quarta alta consecutiva da PMS (Pesquisa Mensal de Serviços) ainda avançam em ritmo inferior ao de fevereiro de 2020.
Entre os serviços financeiros, que se destacaram no período marcado pela pandemia, estão as corretoras de títulos e valores mobiliários, e com a bolsa de valores. Já a armazenagem inclui serviços de gestão de portos e terminais.
Os serviços auxiliares aos transportes e correio, por sua vez, são os serviços de navegação de apoio marítimo, como os rebocadores de plataformas de petróleo e as atividades de agenciamento marítimo, que envolvem, por exemplo, os procedimentos de carga e descarga de contêineres dos navios.
Na comparação com junho, no entanto, os setores tiveram desempenhos negativos, com destaque para os serviços de informação e comunicação (-0,4%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,2%) e os outros serviços (-0,5%).